Livro do Hopi Hari - Texto

Livro do Hopi Hari pdf

HOPI HARI Em Papel 
UM SONHO PARA SE TER NAS MÃOS 
Mariana R. Penteado

HOPI HARI 
Em papel 1ª Edição - 2020

Idealização - Alexandre Rodrigues 
Elaboração e edição - Mariana R. Penteado 

Assistente editorial 
Rogério Barbatti 
Diego Moura 

Projeto gráfico - Ronaldo L. Vicente 
Revisão técnica - Laila Braghero 
Revisão ortográfica - Denise Santos 
Colaboração - Equipe de Marketing Hopi Hari 
Iconografia - Hopi Hari 
Impressão - Gráfica e Fotolito Estrela da Manhã 

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Penteado, Mariana Ribeiro

Hopi Hari em Papel: Um sonho para se ter nas mãos / Mariana Ribeiro Penteado. 1. ed.

Vinhedo, SP Ed, da Autora, 2020.

ISBN 978-65-00-10267-3

1. Parques de diversões 2. Parques temáticos 3. Parque Temático Hopi Hari (Vinhedos, SP)

4. Parque Temático Hopi Hari (Vinhedos, SP) -

História I. Titulo.

20-46277
CDD-363.68098161

Índices para catálogo sistemático:

1. Parques temáticos Hopi Hari: Vinhedo: Cidade: São Paulo: História  363.68098161

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 
É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou qualquer meio. A violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. 

Introdução 
O coração bate mais forte conforme a fila anda. A música de tons misteriosos, que enche o ambiente, completa a imersão ao mundo mágico. Nesse momento, só o que importa é o trem ali estacionado: em alguns instantes, depois que as travas abaixarem, a marcha rumo à subida de 42,2 metros vai começar. Do alto, é possível ver a Rodovia dos Bandeirantes, as plantações, as construções e admirar o complexo de 760 mil metros quadrados, onde está instalado o País Mais Divertido do Mundo, o Hopi Hari. Depois de ver tudo isso, os pensamentos desaparecem e só fica mesmo o frio na barriga quando a primeira descida alcança 103 quilômetros por hora. 
Essa é a Montezum, maior montanha-russa de madeira da América do Sul, a gigante que, reza a lenda, foi construída com ossos de dinossauros. 

A menção à Montezum, uma das atrações mais icônicas e radicais, sempre lembradas pelos cidadanis (população flutuante ou, simplesmente, visitantes, no idioma oficial do Hopi Hari, o hopês, cujo dicionário você confere no final do livro) que por ali passaram nos últimos 20 anos, logo de cara, não é por acaso. É inevitável a analogia entre essa atração e a história do Hopi Hari, projetado com o objetivo de ser um país, com idioma e moradores próprios, em universo lúdico e bastante peculiar. Como a gigante de madeira, foi necessário enfrentar uma série de sacolejos desde a construção, em 1999, mas principalmente nos anos seguintes. Se eram especiais pela magia e pelo encantamento que produziam nos cidadanis, não era esquecida a pressão pela sustentabilidade financeira que não chegava. 
A crise cambial que se abateu sobre o Brasil no final do milênio também deixou suas marcas no parque. No período de turbulência econômica, o real desvalorizou em relação ao dólar, fazendo com que as dívidas em moeda americana praticamente dobrassem de tamanho. O Hopi Hari, cuja construção havia custado cerca de US$ 200 milhões, se viu de repente com R$ 500 milhões em dívidas. A única opção para reverter o cenário era conquistar mais visitantes. No ano de seu melhor faturamento, em 2008, foram 1,8 milhão de visitantes e pouco mais de R$ 70 milhões faturados - muito abaixo dos R$ 200 milhões projetados inicialmente. 

Nesse cenário, a alma do país era - e ainda é os habitáris, a população de Hopi Hari, que conta não só com os cidadanis, mas também com os hópius permanente do País Mais Divertido do Mundo, os colaboradores Entre 1997 e 1999, período de construção do parque, eles já demonstravam uma incrível capacidade de superação de desafios logísticos para erguer um complexo daquele tamanho e um enorme apego e amor por aquele "cantinho" encravado entre Vinhedo e Itupeva, a menos de uma hora de São Paulo e a 30 minutos de Campinas Cajamaro O Barueri. 
Para se ter uma ideia da força dessas pessoas, nos períodos críticos, em que o dinheiro estava bem escasso, muitos deixaram de receber salários e, mesmo assim, seguiram operando o parque Alguns hópius e hópias trabalham lá desde sua fundação.  
E assim foi o carrinho da Montezum, percorrendo os trilhos do tempo Grandes solavancos, com dois acidentes, em 2007 e 2012, e uma recuperação judicial em 2016, puderam ser sentidos e quase tiraram o Hopi Hari dos trilhos Veja bem, eu disse quase Como o Hopi Hari passou por tudo isso e ainda encanta milhares de pessoas todas as semanas? Ah, isso você só vai descobrir se vier com a gente. 
Bota pra subir!  E subiu.

Uma história de desafios 

Imagine as dificuldades que tiveram de ser superadas e vencidas ao colocar algo tão grandioso em prática Agora, pense como é olhar para trás e ver que 20 anos se passaram e os desafios foram vencidos dia após dia Muitos deles, inclusive, nascidos do sucesso e da própria necessidade de crescimento Essa é a história do País Mais Divertido do Mundo Hopi Hari. 
A construção do parque começou em 1997, mas já no meio dos anos 1990 se falava de um empreendimento na região O local, escolhido a dedo, registrava baixos índices de chuva ao longo do ano, o que garantiria o funcionamento de um parque temático praticamente o ano todo sob o sol Foram muitas ideias amadurecidas até que pudesse nascer esse lugar único e incomparável no Brasil. 
O pontapé inicial quem deu foi o Playcenter Sim, o Hopi Hari já foi desse parque que, por 30 anos, operou na cidade de São Paulo e ainda hoje está na memória de muita gente O País Mais Divertido do Mundo - que ainda não era país - se chamaria Playcenter Great Adventure, como segunda unidade do empreendimento Naquele momento, só se sabia que o local deveria ser algo singular, um espaço para toda a família se divertir, brincar, sair de suas rotinas, ver algo diferente, divertido. 
Porém, com a diminuição de visitantes no Playcenter, o projeto acabou vendido ainda em construção para a GP Investimentos, que finalizou as obras em 1999 Pouco mais de um ano antes da inauguração, o dono do empreendimento reuniu uma equipe da agência de Comunicação Taterka, que deveria 
buscar um novo nome para o parque Mas eles acabaram fazendo muito mais do que estava no briefing: deram ao "corpo" a alma que faltava. 
Depois de muita deliberação equipe com quase 100 pessoas - era uma veio a ideia de que aquele território fosse um país No caso, o País Mais Divertido do Mundo O publicitário Fernando Leite, diretor de criação à época, conta que a turma da agência buscava referências sobre qual deveria ser o idioma falado nesse novo país que o mundo ganharia dali a alguns meses Chegaram a uma língua falada por um povo no Caribe, resultado da influência de vários idiomas papiamento. 
Como naquela época não existiam as facilidades do mundo digital de hoje, eles contrataram um professor de papiamento de Curaçau que dava aulas em longas chamadas telefônicas Na outra frente de trabalho, além de livros importados, adquiriram mais de 200 CDs com músicas, diálogos e outras tantas falas naquele idioma novo Dessa forma, nasceu o hopês. 
Mas o hopês ainda não se chamava hopês, porque aquele lugar mágico ainda não tinha sequer um nome A equipe se esforçava para encontrar algo que fosse marcante, simples e resolvesse aquela questão que estava deixando todos de cabelo em pé. 
Mataram a charada com duas palavras do papiamento hopi, que quer dizer muito e lê-se com "ó" aberto (hópi), e hari, cujo significado é alegria, gargalhada. As palavras reúnem o espírito do parque e, de quebra, ao serem ditas provocam involuntariamente os músculos do rosto responsáveis pelo sorriso - faça o teste e comprove é impossível dizer Hopi Hari sem sorrir. 

Ao mesmo tempo, o parque já tinha, também, um símbolo para representá-lo
A tradicional e mais do que conhecida ameba representa, em suas curvas, o movimento da gigante montanha-russa de madeira Montezum, em ciclo infinito de diversão. O círculo amarelo traduz o sol que brilha durante quase o ano todo naquele país. 
Mas, como toda boa história, existem outras versões para explicar o significado de Hopi Hari. 
Uns contam que ele nasceu um presente como que o grande Hopi, deus da alegria e sobrinho de Zeus, deu para sua amada Hari, deusa da aventura. 
Outros juram que lá é o lugar onde os viajantes do tempo descansam, divertem-se e vivem a vida. E alguns mais místicos creem, ainda, que o país na verdade seja uma espécie de colônia de férias de extraterrestres que habitam a Via Láctea. 

Ninguém é capaz de provar ou refutar essas teorias. Fica aí para discussão. No fundo, o que você acha e acredita é o que realmente importa. O que todos concordam é que, no fim, todas as histórias levam ao que o Hopi Hari realmente é: o lugar mais divertido do mundo. 
O Hopi Hari também tem moeda própria, a Hopi Plaka, e, como todo país, um hino, o Inu Natu di Hopi Hari.
A composição empregou o trabalho de maestros, músicos e se concretizou em 8 de novembro de 1999, no Estúdio da Banda Sonora, sob a batuta de Ruriá Duprat, Edgar Poças e Sérvulo Almeida, criadores da música e da letra. 
O hino é tocado diariamente: durante a abertura do parque, para começar o dia com muita alegria; nas horas cheias do dia, um lembrete de que o cidadani está no País Mais Divertido do Mundo; e no encerramento, despedindo-se e convidando os cidadanis para uma próxima visita. 
Veja a letra do hino completa no final deste livro. 

Falando em abertura, o parque abriu suas portas no dia 27 de novembro de 1999, com milhares de visitantes, incluindo muitos famosos. Naquela época, o parque costumava receber mais de 20 mil pessoas por dia houve ocasiões em que, por conta do alvará de 26 mil lugares, teve de deixar pessoas de fora. Hoje em dia, mesmo com esse alvará, o parque limita-se a receber até 15 mil cidadanis, para o próprio conforto deles.

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Desde sua inauguração, o Hopi Hari vem trabalhando constantemente para que a visita ao parque seja uma experiência inesquecível. Ele oferece mais de 40 atrações, eventos exclusivos, shows de artistas consagrados e temporadas temáticas, em um dos maiores complexos temáticos da América Latina: 

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760 mil metros quadrados. Tudo isso em cinco regiões:
UM SONHO PARA SE TER NAS MÃOS
Vamos conhecê-las? 

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INFANTASIA
Infantasia é a região onde as crianças menores mais se divertem. É uma palavra que também vem do hopês e significa reino da fantasia. Essa área, que já foi caracterizada com os personagens da Vila Sésamo e da Warner Bros., é dedicada aos tikitos (crianças) e, hoje, retornou às suas origens, com os nomes das atrações em hopês e um elenco com personagens exclusivos. É a Vila di Habitáris.
Atrações do Infantasia: Giranda Pokotó, Toka do Uga, Dispenkito, Komboio, Giralata, Astronavi, Klapi Klapi e Kastel di Lendas. 

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Toka do Uga
Playground com entretenimentos diversos para crianças: piscina de bolinhas, pula-pulas, brinquedos que simulam canhões, escorregadores e túneis com obstáculos.
Antes de se chamar Toka do Uga, essa atração se chamou Trakitanas, dentro da temática dos Looney Tunes. O significado de Trakitanas é bugiganga e é o nome do cão veterano do Hopi Hari, um simpático pastor belga malinois resgatado nos arredores do parque, recebeu esse nome em homenagem à atração.

Giranda Pokotó
É uma atração tradicional que toca vídeos e músicas, enquanto o carrossel gira e os cavalos sobem e descem.
A Giranda Pokotó é uma plataforma de 15 metros de diâmetro com 51 cavalos móveis e duas carruagens. Suporta até 57 pessoas por ciclo e dispõe de acesso para dois cadeirantes. 

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Dispenkito
Atração de grande procura pelos tikitos. São duas minitorres de queda livre com capacidade para seis crianças, as quais são elevadas a seis metros de altura. Tem uma subida vertical rápida e descida com movimentos de queda e subida.
A palavra dispenkito é o diminutivo de queda livre.

Komboio
Minicaminhões tematizados percorrem 120 metros de trajeto sobre trilho guia. São seis caminhões que comportam quatro crianças cada um.
A palavra vem do português comboio, que quer dizer "porção de carros que se destinam ao mesmo lugar". 

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Astronavi
Atração no formato de um carrossel. Possui seis naves elevatórias que dão a sensação de se estar voando. O acionamento de subida é manual e deve ser feito pela criança embarcada durante o passeio.

Giralata
Atração com latas giratórias tematizadas que executa três movimentos giratórios simultâneos, promovendo uma sensação de estar tudo girando. 

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Klapi Klapi
Teatro fechado no qual são realizados shows infantis. Possui uma arena com bancos que acomodam 180 pessoas sentadas, além de ambiente climatizado com um palco central que proporciona um contato mais próximo entre atores e visitantes, aumentando, assim, a interação do show em cartaz. 
Ao completar 20 anos, o Hopi Hari tirou de cartaz o espetáculo Pernalonga e sua Turma, que fazia parte da temática Looney Tunes, e estreou o espetáculo original Dino: um dinossauro de verdade, divertido e educativo. 

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Kastel di Lendas 
Os visitantes navegam a bordo de um barco em um canal com 220 metros de extensão, observando o folclore e a diversidade de 7 regiões brasileiras, em uma viagem encantadora, especialmente para os tikitos.
E, para ser um habitári do País Mais Divertido do Mundo, é preciso saber lidar com a diversidade em meio ao público, tão variado quanto o do Kastel di Lendas.
Um parque temático requer grande envolvimento de seus colaboradores nas mais diversas funções: desde a administração, e sua necessidade de uma visão estratégica e operacional, até os habitáris que interagem diretamente com os visitantes.
"Para ser um habitari, o candidato precisa ser apaixonado pelo que faz, tem que gostar de gente"
Conta Camila Schvarcz Ribeiro, uma das hópias que está há mais tempo no parque desde setembro de 1999, para ser mais exato - e atua como gerente-geral de Operações. 

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"Tem que ser uma pessoa paciente e que goste da interação com o público. Porque de resto, gente ensina, treina. Além disso, especialmente para atrações, precisa realizar um teste de atenção, porque é uma função que exige muito foco, até mesmo em termos de segurança."
Camila praticamente viu o Hopi Hari nascer, presenciou todos os altos e baixos durante esses 20 anos e teve a oportunidade de trabalhar em vários setores, fazendo de seu depoimento um dos mais completos sobre o parque.
Comecei a trabalhar no Hopi Hari em setembro de 1999. Veio num jornal de Valinhos uma ficha para preencher [o jornal está no prontuário dela, no RH] e mandar para a agência [de empregos], daí ela ia chamando. Até achei legal, porque esses dias eu estava lendo de novo e tinha uma pergunta, acho que era "qual o meu sonho", "por que eu queria trabalhar aqui". E eu disse: para dar estabilidade para os meus pais, e hoje eu consigo, realizei.
Depois da dinâmica de grupo, psicólogo e entrevista. com gerente da área, foram aprovadas umas 2 mil pessoas. Era muita gente, de toda a região.
Camila Schvarez Ribeiro Gerente-geral de Operações 
A gente não tinha vindo pro parque ainda, porque não estava pronto. Fomos para a integração, num lugar chamado Chácara dos Sonhos, para essa imersão no que era o parque. E a gente ansioso pra chegar no parque.
Daí teve uma dinâmica, durante a semana, que era construir fantasias de Carnaval, formar blocos, tudo pra reforçar o trabalho em equipe. E a primeira vez que viemos pro parque foi com uma escola de samba e todo mundo tinha seus blocos com as suas fantasias.
Até o dia da abertura foram muitos treinamentos, e eu comecei como atendente de bilheteria, no setor de Admissões. O parque é muito bacana por isso, porque você consegue fazer um plano de carreira e ter muita oportunidade.
Fiquei mais ou menos um ano como atendente, depois eu passei num processo seletivo para ser sênior de Admissões. Daí eu quis um novo desafio e fui para área de Shows, como sênior, também. Fiquei um ano. Eu queria aprender mais, falei com a minha gerente que eu gostava muito de Alimentos e Bebidas (AeB), que é uma área muito complexa. Fui como sênior de AeB, e a área é realmente fantástica, muito desafiadora, exige muita atenção e dedicação, porque enquanto todo mundo come você está trabalhando, não tem hora para nada, uma área pesada, muito restritiva. 

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Com o tempo, eu fui promovida para gestora de AeB, depois fui para a área de Mercadorias e voltei para Admissões, como gestora, e, agora, como gerente operacional.
Fui um pouco de tudo mesmo e isso me deu uma visão geral do parque. Quando você está só na tua área, você tem uma visão micro, mas quando você expande, você tem uma visão macro. Você tem a visão do todo.
Qual o maior desafio? Eu acho que o maior desafio é trabalhar com gente, que é o que eu mais gosto, independentemente do segmento em que eu esteja. Gente é o mais complexo, mas é o que mais me encanta. Como lidar com o sonho do outro, com a vida do outro e com a própria também, porque você transfere a sua vida pro trabalho. É você treinar a nossa mão de obra e fazer ela acreditar no sonho do outro junto com você. O sonho de
atender bem, de dizer que a pessoa está em outro país.
Tem uma frase do Walt Disney - acho que não dá pra falar de parque sem falar nele- que eu gosto muito: "Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade." Você vende emoção. E quem transforma o dia do visitante num dia mágico são os funcionários. E não é fácil.
O parque teve altos e baixos o tempo inteirinho, desde que eu entrei. Na época, da minha posição de atendente, o que eu via é que o parque foi dimensionado para ser algo muito grande, mas não vingou de imediato. Nós começamos abrindo de terça a domingo. Não tinha público. Diminuímos para quarta a domingo, depois quinta. Chegamos um dia e tinham desligado toda a liderança, não tinha mais liderança, diminuiu funcionários, enfim. Várias crises. Eu era de Admissões no período, então eu via a quantidade de cortesias usadas para compor o
público. Mas depois foi melhorando. A gente foi levando vários tombos. Primeiro, o acidente em 2012, que foi uma fase muito ruim. Foi muito duro. O parque ficou fechado um mês.
Quando começou a recuperar, teve os arrastões. Teve rolezinho dentro do parque e arrastões. Decaiu de novo. Em 2015, a gente estava no fundo do poço. No ano seguinte, já vários salários atrasados. Mas a gente sempre acreditou no sonho. Eu dizia pros meus amigos aqui: vamos aguentar mais um pouco, porque vai dar certo. Não é possível isso aqui acabar. Daí veio a gestão do David, que conseguiu o aporte com o IG.
Em um mês todo mundo correu pra reabrir o parque. Dos mais de 600 funcionários, éramos em 150 e poucos. Focou-se em recuperar as atrações, com um projeto sério e a engenharia bastante responsável. O negócio era reabrir o parque.
Eu era acostumada a ver o parque com 10, 15 mil pessoas, e teve dia de abrir o parque para 40, 80 pessoas. Porém, teve um dia que tivemos um recorde de público, ou seja, 26 mil pessoas. Chegamos a fechar o parque umas duas vezes de não entrar mais ninguém, porque deu a lotação máxima. Não dava para andar em Infantasia. Para entrar no parque antes, não tinha pulseira, era carimbo. E algumas pessoas tinham um passaporte vermelho, cheio de folhas, válido por cinco anos.
Hoje, o parque tem vários bichinhos de estimação: os gatos mais caseiros - Hopi e Kaminda - e os cachorros Trakitanas, Azul, Montezum e Barão (com um canil próprio e o melhor tratamento).

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Maria Lopes, gestora do Serviço de Atendimento ao Visitante (SAV), também chegou ao Hopi Hari em 1999 e, como ela mesma relata:
Trabalhar no parque envolve muito sentimento, tanto pela função que exerço quanto pela satisfação dos visitantes que têm um dia divertido e único por aqui.
Comecei a trabalhar no parque no dia 21 de setembro de 1999. Eu fiquei sabendo da vaga em um jornal, levei meu currículo em Vinhedo e fui chamada para a entrevista. A integração, na Chácara dos Sonhos, foi mágica. Acho que o Hopi Hari queria transmitir o que era trabalhar aqui dentro, algo mágico, encantador.
No último dia da integração teve algo muito marcante. Cada um recebeu uma bexiga e tinha que amarrar nela um papel com o seu sonho. Reuniram os funcionários num morro e a gente soltou aquela bexiga. Isso pra mim foi muito forte.
Maria Lopes Gestora do Serviço de Atendimento ao Visitante (SAV)
Eu comecei a trabalhar em Admissões, na bilheteria. Fiquei dois meses. Daí a coordenadora me chamou pra trabalhar como treinadora, fui trabalhar com treinamento. Ajudei a desenvolver todos os padrões do parque e passei a dar treinamento pro pessoal da bilheteria e das catracas.
Depois fui pro estacionamento, e eu adorava, porque é o primeiro contato que você tem com o visitante. Dois anos depois, eu fui trabalhar na tesouraria - fiquei lá 17 anos. Entrei como auxiliar, depois virei analista sênior e depois gestora. Por causa de um problema sério de saúde, acabei ficando um ano e meio afastada. Foi quando mudou a gestão.
Quando eu voltei, fui para o Serviço de Atendimento ao Visitante (SAV). Foi a melhor coisa que me aconteceu, porque hoje o meu contato com o visitante é muito maior, é muito mais mágico. Eu falo pro pessoal que trabalha comigo: as pessoas acham que quem tem a obrigação de encantar são os atores. Não, somos todos nós.
Quando eu entrei aqui, meu filho tinha 1 ano de idade. A vida toda dele, ele passou aqui, e eu construí minha vida aqui dentro, eu tive oportunidade de dar uma vida boa pro meu filho, dar uma boa educação pra ele, oportunidade de fazer uma faculdade. 

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HOPI HARI En papel
Aqui todo dia é um dia diferente. Quando abrem os portões, me arrepia. Aquilo que eu tinha no meu coração há 20 anos, eu tenho hoje. E amor pelo parque.
Lembro da inauguração do parque... veio muito artista, muita gente famosa. Surreal. E teve, também, antes,
a inauguração para as nossas famílias, antes da abertura oficial, e a gente pôde participar. Todo mundo ficava vidrado, deslumbrado quando entrava aqui. As pessoas estavam acostumadas àqueles parques pequenos, menores, de bairro. Aqui, pra eles, era como uma Disney.
O período do acidente com a torre foi um dos períodos mais desafiadores. Eu estava de férias e no dia seguinte
comecei a trabalhar. Eu não conseguia ficar em casa, era como se Hopi Hari precisasse de mim.
Teve período em que eu trabalhei sem receber, também. Meu marido falava pra eu não desistir. E eu nunca pensei em desistir. Eu fazia questão de estar aqui. E foi justamente no período em que eu tive que me afastar e perdi minha mãe.
Aqui é um lugar que me dá força. Eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa. Se um dia falarem que não precisam mais de mim aqui, eu não sei o que fazer.
Eu nem percebi que se passaram 20 anos.
Natal Mágiko, pra mim, é a melhor temporada do parque.
Sou apaixonada.
Eu não vejo a hora que liguem as luzes ali da torre.
No ano passado eu fiquei parada em frente ao Euro Restaurandi vendo as crianças brincando com a "neve". Eu trouxe meu filho, minha familia ficou encantada. Na hora do encerramento, eu subo até a Rua di Kaminda pra ver o pessoal ir embora, satisfeito.
São gestos que, muitas vezes, pra nós, parecem pequenos, mas pro visitante faz muita diferença. É tanta coisa que acontece no dia a dia. Um rapaz veio e passou mal na Montezum, acabou ficando no ambulatório e perdeu o dia de parque. Nós damos um retorno gratuito nesse tipo de caso; uma moça, que precisou trazer alimento especial pra filha, fez questão de vir agradecer nosso atendimento pelo SAV. 

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O engenheiro Fábio Ferreira, aposentado pelo parque, chegou ao Hopi Hari em 1997 e participou do processo de montagem das atrações - hoje, ele tem uma empresa que presta serviços de manutenção a brinquedos de parques, incluindo o País Mais Divertido do Mundo. Sua atuação exige, acima de tudo, responsabilidade, cuidado e respeito às leis e às normas, sempre em prol da segurança dos visitantes.
Eu aposentei no Hopi Hari. Cheguei aqui em 1997. A parte civil da obra já tinha começado. Eu venho da área siderúrgica. No dia da inauguração, fizeram uma ação de soltar balões em Kaminda Mundi e uma cerimônia ecumenica, para abençoar o parque. E, no final, uma grande queima de fogos.
Fábio Ferreira Engenheiro aposentado
O primeiro brinquedo montado foi a La Tour Eiffel e, em seguida, a Montezum. Os brinquedos foram montados em um ano e dois meses. A Vurang era um prédio fechado, de alvenaria e aço. Nós colocamos um guindaste lá dentro, montando a montanha-russa com braços curtos. Depois, tiramos o guindaste e fechamos a parede.
Na Montezum, mais de 60 pessoas chegaram a trabalhar simultaneamente, entre mecânicos e muitos
carpinteiros. Na mesma época, a Rollercoaster Corp. estava construindo uma montanha-russa na Alemanha, também, e aí tinha uma competiçãozinha pra ver quem montava primeiro. O dono do parque era Playcenter S/A, até na minha carteira de trabalho está lá: Playcenter. Tinha uma
empresa estrangeira responsável pela tematização.
O Hopi Hari alavancou a história de parques de diversões no Brasil. Existiam outros parques, mas na concepção parque temático o Hopi Hari era a grande inovação. No final de 2000, todo mundo veio ver o que estava sendo feito aqui.

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A atração mais desafiadora de montar foi a Montezum. Deu mais trabalho pela novidade e por ser o que é. Compraram as madeiras, que já vieram numeradas. O nível de precisão é milimétrico, com todas já furadas e marcadas para realizar a montagem. Quase como um Lego. A engenharia civil fez todas as bases de concreto e aço, só esperando para encaixar as madeiras. Montávamos os quadros do lado de fora e com os guindastes- chegamos a ter dois - encaixávamos.
Acessibilidade para cadeirante em carrossel nasceu
aqui- vários outros parques têm acessibilidade a partir daqui.
Ando tranquilo na Montezum, é muito seguro. Tudo o que está na norma, o Hopi Hari sempre cumpriu. Pra você ter uma ideia, quando o Hopi Hari chegou, eles não queriam pegar ninguém pra manutenção que tivesse trabalhado em parque de diversões, para poder formar um profissional sem vicios. Esse é o grande lance.
Segurança: eu acho que a palavra inegociável era meio solta, não tinha o valor que deveria. Será que tinha esse peso? Comecei a achar que não. Quando a Boeing faz um avião, ela faz pra voar, não pra cair. Mas você tem pessoas pilotando, pessoas fazendo a manutenção, tem pessoas de qualquer forma. Então, a gente não pode desistir dos processos de segurança, porque tem pessoas, mas sempre agregar mais valor a elas. Ninguém está livre de nada, mas o importante é fazer o seu trabalho seguindo todos os processos e procedimentos.
A La Tour Eiffel, por exemplo, a cadeira não estava operando, por "n" motivos, e a deixaram em condição de funcionamento, aberta. As pessoas que foram operá-la não fizeram os checks que deveriam ser feitos, ou seja, algumas coisas do processo não foram cumpridas. E por quê? Porque até esse momento, a "segurança inegociável" era uma coisa que entrava por um ouvido e saía pelo outro de algumas pessoas.
Hoje, existe um Hopi Hari que reconhece verdadeiramente o peso dessa palavra. 

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Como a diversidade de visitantes é muito grande, o Hopi Hari conta com uma grande estrutura de atendimento, que dá suporte ao trabalho dos habitáris. Além de atendimento completo para familias e grupos, o parque inclui: 
Ambulatório médico;
Infraestrutura para mamães que estão amamentando;
Aluguel de carrinho para bebês;
Acesso para pessoas com deficiência;
Cadeiras de rodas;
Carrinhos elétricos;
Guarda-volumes;
Atendimento aos visitantes;
Achados e perdidos.
Enfim, tudo para que os cidadanis tenham a melhor experiência do mundo. 

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KAMINDA MUNDI
Kaminda Mundi, que tem a tradução de seu nome para o português como caminho do mundo, é a primeira região do Hopi Hari, situada logo na entrada do parque. Seu conceito é uma homenagem aos antepassados e às origens do povo de Hopi Hari. Em seus prédios podemos notar a influência da arquitetura de algumas nações, como a francesa, a alemã, a italiana, a portuguesa e a holandesa. Os países europeus também estão presentes no hopês, idioma local do Hopi Hari.
Atrações de Kaminda Mundi: Giranda Mundi, Theatro di Kaminda, Cinétrion, Jogakí di Kaminda e La Tour Eiffel. 

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HOPI HARI Ese papel
Giranda Mundi
É uma roda-gigante com 40,3 metros de altura e proporciona uma visão completa de todo o parque por meio de uma de suas 28 gôndolas, que possuem janelas de acrílico transparente. Cada uma delas leva até quatro pessoas.
A Giranda Mundi figurou como a maior roda-gigante do Brasil até dezembro de 2019, quando passou para o segundo lugar, após a inauguração da Rio Star, no Rio de Janeiro. Cartão-postal da entrada do parque, não tem como entrar no Hopi Hari e não se encantar com a imponência dessa gigante.

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Theatro di Kaminda
Um grande e moderno teatro com capacidade para 748 pessoas. Em seu palco já passaram espetáculos inéditos e incríveis: Magia de Sonhar, Arlequim e seus 2 Patrões, Musikaus, além do sempre hilariante Há-Habitáris Show, com participação do público, entre muitos outros. 
Cinétrion
Cinema projetado para exibição de filmes em 3D, alta tecnologia na época de fundação do parque. Tem capacidade para 270 pessoas. Local confortável que também é utilizado como auditório para eventos corporativos. 

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Jogaki di Kaminda
É um espaço de jogos diversos no qual você se diverte e ainda ganha prêmios. Entre os jogos estão: Sapiska, uma pescaria de sapos; Ákua Game, jogo de pontaria com água; Bazuka Strike, em que o jogador precisa acertar o maior número de latas; Pula Galinha, jogo de arremesso de galinhas em determinada mira; Magnus Balum, jogo de pontaria no qual o jogador precisa estourar balões; e Nalata, jogo de pontaria em latas. 
La Tour Eiffel
É uma das atrações mais radicais do parque. Possui 69 metros altura, cinco gôndolas e acomoda até 20 visitantes por ciclo. Os assentos são içados a uma altura de 62,5 metros e, após dois segundos, despenca, atingindo uma velocidade de 94 km/h. 

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Situada dentro da área de Kaminda Mundi faz referência direta a um dos monumentos mais famosos do mundo: a La Tour Eiffel, em Paris.
Essa atração está desativada desde fevereiro de 2012, quando uma jovem de 14 anos faleceu após cair de uma das cadeiras do brinquedo. As investigações concluíram que o acidente decorreu de uma falha humana.
A torre sempre foi uma das maiores e mais procuradas atrações do parque, quando estava em funcionamento. Sua reativação foi aprovada e a atração ganhará um novo nome: Le Voyage. Isso tudo graças a um longo estudo de mercado, de viabilidade técnica e aprovação dos acionistas do Hopi Hari.
Como descrito no depoimento do engenheiro Fabio Ferreira, a equipe de habitáris trabalha incansavelmente em prol da segurança, sempre seguindo os protocolos do fabricante no que se refere à utilização e manutenção dos brinquedos e às leis e normas vigentes. Tudo para que os visitantes tenham a melhor experiência de suas vidas de maneira segura e feliz.

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MISTIERI
Mistieri é a maior região do país e ocupa uma área de 52 mil metros quadrados.
Visitar esse lugar se torna uma jornada emocionante por sua história. Afinal, esse lugar é, como dizem as lendas, um sítio arqueológico com vestígios de uma civilização antiga encontrada durante a construção do Hopi Hari. Por isso, é uma região cheia de mistérios, com pirâmides, tumbas e catacumbas perdidas.
Seu nome originou-se desses muitos mistérios que há na região, considerada a mais radical do parque. Mistieri, traduzida para o português, significa era dos mistérios.
Atrações de Mistieri: Vurang, Katakumb, Simulákron, Vulaviking e Montezum. 

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Vurang
É uma montanha-russa totalmente no escuro, que percorre um trajeto de 686 metros, com duração de 115 segundos, dentro de uma pirâmide. Para dar ainda mais emoção, além de curvas, subidas e descidas, os vagões dos trens giram em torno do próprio eixo, atingindo uma velocidade de 45 km/h.
Vurang, em hopês, significa lado escuro da pirâmide. 
Katakumb
Essa atração é a réplica da tumba de Ramsés II, antigo rei do Egito. Trata-se de um labirinto com sarcófagos e múmias, no qual o visitante tenta achar a saída ao longo de uma divertida e assustadora viagem pela história e pela cultura dos antigos povos da civilização egípcia.
Katakumb em hopês, significa tumba ou catacumba. 

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Simulákron
Um simulador de montanha- -russa que passa dentro de uma mina abandonada. Os assentos são controlados e proporcionam um movimento sincronizado ao filme. Com isso, o visitante tem uma experiência ainda mais realista e emocionante.
Sua tela de projeção possui 250 metros quadrados.
Vulaviking
Trata-se de uma embarcação viking com 13 metros de comprimento, tematizada de navio dos tempos antigos, com capacidade para 54 visitantes acomodados em nove fileiras de assentos.
Seu movimento consiste em um balanço pendular que atinge um ângulo de 180°. Isso proporciona aos passageiros uma forte sensação de sobe e desce. 

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Montezum 
A maior montanha-russa de madeira da América do Sul.
Construída com madeira tratada e apoiada sobre 1.235 blocos de concreto, é a atração mais radical de Hopi Hari. São 1.200 metros de trajeto percorridos em pouco mais de dois minutos. Possui dois trens com capacidade para 24 visitantes cada um. A primeira queda tem 42,4 metros e atinge 103 km/h de velocidade máxima. As madeiras são importadas de países com invernos rigorosos e possuem um tratamento químico e térmico para aumentar a vida útil e evitar o ataque de qualquer tipo de praga, além da grande resistência, mecânica e durabilidade. 

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De acordo com o então diretor de criação da Agência de Comunicação
Taterka, Fernando Leite, há três "vertentes" aceitas quando se fala no nascimento da Montezum.
A primeira e mais aceita é que Montezum é a forma simplificada do vocábulo otomano "Montezunemberg", que quer dizer "sentir um iceberg congelado na barriga". A segunda, bastante contestada, é que o nome advém do espanhol pós-gálico "Montezuma", antigo rei asteca. Essa vertente não se sustenta cientificamente, pois análises feitas com carbono 14 demonstram que Hopi Hari é muito mais antigo que a civilização asteca.
A terceira e menos provável: Montezum seria a classificação científica de uma espécie de velociraptor, um dos maiores e mais velozes dinossauros que já viveram no Hopi Hari, antes da era do gelo. A aceitação dessa terceira vertente é que gerou a ideia "esdrúxula e inadmissível" para os cientistas hópius que ela teria sido construída com ossos petrificados de dinossauros. Pura balela. 

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Altos e baixos são características de montanhas-russas e podemos dizer que o Hopi Hapi também teve seus momentos de altos e baixos na questão financeira durante esses 20 anos. Quando o parque foi inaugurado, em 1999, as expectativas eram imensas. O objetivo era produzir um complexo que atraísse parte dos brasileiros que viajavam para o exterior em busca desse tipo de diversão.
Com expectativas tão audaciosas, a construção do Hopi Hari totalizou um investimento de US$ 200 milhões. A perspectiva de faturamento anual era de R$ 200 milhões. Porém, o parque não conseguiu alcançar esse marco. Até então, seu melhor desempenho financeiro foi em 2008, com R$ 70 milhões, e 1,8 milhão de visitantes.
Como o faturamento esperado não veio, em 2009 o parque passou a funcionar com uma nova administração. Em 2011, começou a dar lucro e chegou a ser o parque mais visitado do país, com dois milhões de visitantes por ano.
Como na montanha-russa, o Hopi Hari passa mais uma vez por baixos momentos. Dessa vez foi em 2012, quando uma visitante morreu ao cair do brinquedo La Tour Eiffel. Esse acidente fatal fez com que o parque ficasse fechado temporariamente.
Em 2016, a crise econômica agravou a situação financeira do Hopi Hari, fazendo-o entrar em processo de recuperação judicial, ou seja, recorrer a uma medida jurídica legal utilizada para tentar evitar o fechamento definitivo da empresa. O pedido foi aceito em outubro daquele mesmo ano.
Pouco tempo depois, um novo acionista compra o parque, e com ele vêm novos planos para reerguer o local. No entanto, o salário dos funcionários ainda estava instável e o número de visitantes já não era suficiente para manter seu funcionamento regular. 
1999 - Inauguração do parque
2008 - Melhor desempenho financeiro
2009 - Nova administração

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Já em 2017, Hopi Hari passou por novas mudanças em sua administração, onde foi negociada uma linha de crédito para recuperação do parque. Desde então, com o grupo de comunicações iG - acionista majoritário do empreendimento - o parque vem vivendo seus momentos altos na montanha-russa, conseguindo se reerguer financeiramente e aumentando significativamente o número de visitantes e apreciadores.
Ao completar 20 anos, Hopi Hari vive um de seus melhores momentos, uma vez que 80% dos visitantes avaliaram as atrações do parque como ótimas ou boas. 
2019 - O parque completa 20 anos em sua melhor fase 
2017 - Mudança administrativa 
2016 - Crise econômica 
2011 - O parque mais visitado do país 
2012 - Acidente na La Tour Eiffel 

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WILD WEST
Wild West é uma área tematizada como o Velho Oeste americano. Seu nome, em hopês, significa faroeste. Essa área conta com 50 mil metros quadrados de muita história. Diz a lenda que um habitári do Hopi Hari encontrou ouro em um rio que corta aquela região, o Rio Bravo. A notícia se espalhou pelo mundo e, mais que depressa, um pessoal do Oeste dos Estados Unidos se instalou no Hopi Hari atrás desse ouro. Nessa região fica o famoso Saloon, que, além de shows incríveis, conta com um excelente restaurante típico de Velho Oeste.
Atrações de Wild West: Rio Bravo, Evolution, Saloon, Ghosti Hotel, Spleshi, La Mina del Joe Sacramento, Tirolesa e Namuskita. 

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Rio Bravo 
Botes circulares com capacidades para nove pessoas, construídos de fibra de vidro e emborrachados, com 2,90 metros de diâmetros, percorrem um rio com correntezas de aproximadamente 600 metros de extensão. Contorna parte de Wild West.
Evolution
A atração tem dez gôndolas, com capacidade para quatro pessoas cada uma. Combina aventura com um lindo visual e deixa todo mundo de cabeça para baixo e de pernas para o ar, sendo sustentado por um grande braço mecânico que gira em circulo em uma altura de aproximadamente 20 metros. 

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Saloon
Restaurante tematizado como um saloon do Velho Oeste americano. Reúne em um só lugar restaurante, casa de espetáculos, shows de cancan e o famoso O Forasteiro, show que está há 20 anos em cartaz no Hopi Hari.
BANK
Em 2019, quando completou 20 anos, o Hopi Hari apresentou o espetáculo O Forasteiro - Reunion, com artistas das temporadas a partir de 2004 em um show muito especial. 

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Ghosti Hotel
Hotel mal-assombrado, no qual o passeio é feito em um vagão de madeira, que percorre lentamente todos os cenários: recepção, bar, quartos, banheiros, jardins e porão. O percurso demora três minutos e 30 segundos. São 140 metros de cenários assustadores e suspense.
Spleshi
Bote em forma de tronco que transporta até 4 pessoas, em um percurso de 110 metros. É guiado até uma rampa que, de lá, desliza em direção a um túnel, criando ondas de água e proporcionando que as pessoas se molhem nessa queda. 

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La Mina del Joe Sacramento
Os visitantes fazem um percurso a pé dentro de uma mina de ouro abandonada. Lá, são conduzidos por um passeio macabro em que o próprio dono da mina, que desapareceu, avisa para não tocar no ouro ou podem sofrer graves consequências. É um passeio macabro, com efeitos de elevador em queda livre, pedra caindo, água jorrando e várias outras surpresas.
Tirolesa
Uma travessia de 243 metros sobre o lago do Hopi Hari. Seus dois pontos em desnível proporcionam uma descida emocionante e com muita adrenalina. 

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Namuskita
Atração na qual os visitantes praticam sua pontaria em um emocionante tiro ao alvo em um ambiente de Velho Oeste. Possui espingardas com diversos alvos que, quando atingidos, fazem movimentos ou sons característicos e geram uma interação com o atirador.
O objetivo do tiro ao alvo, como diz seu nome, é acertar em um determinado ponto para que se tenha uma conquista. É exatamente isso que acontece atualmente com o Hopi Hari. Com aumento de 32% em seu número de visitantes de 2018 para 2019, foram mais de 700 mil pessoas que vieram ao País Mais Divertido do Mundo. 

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No dia 6 de fevereiro de 2020, o governo do estado de São Paulo preparou um texto a ser enviado à Assembleia Legislativa do Estado que estabelece distritos turísticos paulistas. Se aprovado, possibilitará que surja o distrito da região da Serra Azul, que reúne os municípios de Itupeva, Jundiaí, Louveira e Vinhedo. A medida dará força para ampliar os investimentos em turismo, trazendo ainda mais pessoas à região.
O Hopi Hari, que completou 20 anos em 2019, teve seus altos e baixos durante esses anos de existência. Porém, essa nova fase vem acompanhada por excelentes avaliações de quem tem frequentado o local. Segundo pesquisas realizadas presencialmente no parque, a satisfação refere-se ao parque de uma maneira geral, ou seja, atrações, localização, quantidade de banheiros, limpeza, funcionários atenciosos, bebedouros etc. 

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A estrutura física traz muito conforto e tranquilidade para quem visita o parque. Mas não é apenas a estrutura que faz parte da fama do Hopi Hari, afinal, é um lugar cheio de emoções que geram boas histórias para contar. Vamos conferir algumas dessas histórias contadas pelos próprios visitantes apaixonados pelo Hopi Hari. 
Gabriel da Cunha - Hopifã 
"Hopi Hari é felicidade. Não tem outro sentimento."
Eu não consigo explicar o que eu sinto. Eu nem conhecia, não sabia o que era Hopi Hari até 2013. Eu tava na quinta série, numa sexta-feira de setembro, às cinco e vinte e cinco da tarde lembro até a hora minha diretora chegou na sala com um bolo de folhetinhos, tipo uma cartinha, com todas as informações de segurança do parque - eu tenho até o ticket do hambúrguer, porque eles estavam dando combo lanche.
Todo mundo gritou, super animado. Daí eu fiquei me perguntando por que todo mundo tava tão animado. Me falaram que era Hopi Hari, um parque de diversão. "Você nunca foi?". E eu: "não"
Fiquei com receio, porque era um passeio pago e, na época, minha família não tinha muita condição. Falei da primeira vez com a minha mãe e ela já topou me deixar ir. Eu pesquisei muito antes de ir. E cada dia que ia passando eu ficava mais ansioso pra chegar.
Aí chegou o dia. Aquela coisa de excursão, né? Ônibus, pega estrada... na hora que eu vi o parque ainda da pista eu pensei: "Meu Deus, que lugar é esse?"
A gente foi entrando e a primeira atração que eu fui foi o Spleshi - me arrependi um pouco, porque molha bastante. A gente tinha uma turma e vários amigos meus, que eu não sei onde estão hoje, estavam nesse dia. Eu recordo até hoje: pra mim foi o dia mais feliz da escola, com todo mundo reunido, dando risada, brincando.
A primeira vez que eu fui, eu não andei na Montezum - levei certo tempo até ir. Foi chegando o fim da tarde, meus amigos e eu demos as últimas voltas. Quando a gente tava saindo no Imigradero, não sei, me deu um 

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sentimento diferente. Eu nunca tinha sentido uma coisa assim. Eu fiquei muito chateado de ir embora. Porque eu não sabia se eu ia ter condições de voltar um dia, se o parque estaria aqui. Quando eu saí, eu disse: "Eu preciso voltar aqui".
Acho que eu encontrei a minha paixão, alguma coisa despertou dentro de mim quando eu fui lá. Nos anos seguintes, eu só falava do Hopi Hari. O parque virou minha vida. Fiquei conhecido como o "menino do Hopi Hari". Eu voltei no parque só em abril de 2018, porque minha família não tinha condições - eu até comecei a trabalhar com esse objetivo, de juntar dinheiro pra voltar. Aí eu comecei a conhecer as pessoas aqui dentro. É engraçado também que você compartilha alguma coisa em rede social, como no Facebook, e ele começa a buscar pessoas que gostam da mesma coisa que você. Quando eu via alguém que postava alguma coisa de Hopi Hari, eu entrava em contato.
Eu comecei a conhecer pessoas que compartilhavam o mesmo sentimento. O Hopi Hari trouxe pra mim não só amigos, mas uma família. Além da felicidade, ele traz o amor. Se sua família está passando por um momento de turbulência, você vai ao Hopi Hari e aqueles pedaços se reúnem. É a magia do lugar.
Na época da recuperação judicial, eu fiquei muito preocupado, porque as pessoas começaram a falar tanto que o parque ia fechar, e as notícias que só diziam isso, que isso vai causando certo sentimento ruim em você. Porque quando você gosta de alguma coisa ou de alguém, você não quer que a pessoa se vá ou que aquele lugar deixe de existir, simplesmente acabe. Era uma dor muito grande.
Quando eu vi, em 2017, que estava aberto, tudo pintado, com música, eu consegui ir e levei até minha família, porque eles nunca tinham ido. Na hora em que eu entrei, não consegui segurar a emoção. Foi um dia incrível.
Hoje, em casa, todo mundo é Hopi Hari. Eu transformei eles em fãs. O Hopi Hari me trouxe pessoas que eu nunca vou esquecer. Eu sou muito ansioso e, quando você é assim, às vezes, você fica um pouco depressivo. Mas as pessoas do parque me davam um up, sabe? Tanto que a minha maior superação até hoje foi andar na Montezum. Num período eu tive que fazer uns exames meio complicados, mas eu pensava: pra quem andou na Montezum, isso aqui eu tiro de letra.
Ele melhora sua autoestima. Se você estiver num dia péssimo, você vai pra lá que melhora, você sai diferente. É uma energia que você não encontra em outro lugar.
O Hopi Hari mudou a minha vida.
É uma história que eu nunca vou esquecer e que eu vou passar pros meus filhos e netos. A gente torce que esse parque vá para o futuro, que ele seja eterno.
A Vurang é minha atração preferida - foi minha primeira montanha-russa. E o carrinho gira, cara!
Eu trabalho como streamer de games. Então eu tenho oportunidade de falar com muita gente do Brasil todo e até de fora e eu estou sempre falando de Hopi Hari. Espero que nos próximos 20 anos tenham novas atrações e, quem sabe, até outra unidade em outro lugar do Brasil. Potencial não falta. 

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Gabriel teve mesmo uma boa história para contar e, ele contagiou toda a família com essa paixão pelo parque. Mas, acredite, essa paixão também afeta muitos membros da mesma família ao mesmo tempo. Veja, a seguir, o depoimento da familia Fortes, que frequenta o parque desde antes da inauguração.
Fernanda, Lendra e Grazielle - Hopifãs. 
Leandra:
Chegamos em Hopi Hari antes mesmo da inauguração oficial, porque teve uma pré-estreia, que a gente ficou sabendo em Jundiaí. Tinha que fazer um cadastro, que dava direito a ir conhecer um parque que ia ser inaugurado. A gente conseguiu cinco cadastros eram quatro passaportis por CPF. Daí a gente veio cinco dias seguidos. Depois, a gente ficou um ano e meio vindo uma ou duas vezes, porque elas (se referindo às filhas) eram pequenas - uma tinha 2 anos e nove meses e a outra tinha 7. Ai a gente descobriu o Anuali [passaporti anual com
vários outros benefícios] - o primeiro é de 2003.
A cada 15 dias ou todo mês a gente vinha. O quintal de casa era lá. 

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Antigamente, tinha o passaporte físico mesmo, que imitava o passaporte de viagem. Então, a gente sentia que era realmente ir pra outro país, quando carimbavam o passaporte na entrada.
Fernanda: Minha primeira lembrança no Hopi Hari foi quando eu assisti pela primeira vez o show no Saloon. Ainda não era o O Forasteiro, mas, sim, o Jambalaia. Sentei na primeira fila. Foi a partir daquele momento que a gente se apaixonou pela área de shows.
Grazielle: Minha primeira lembrança era um brinquedo que ficava embaixo da Giranda Mundi, que nem existe mais, que era um telefone, era até patrocinado pela Telefônica. Ele fazia ligação de verdade.
Leandra: Sempre marca muito estreia de eventos, as amizades que a gente fez lá dentro. Elas têm contato com muita gente de dentro. Lá é nosso ponto de encontro. O parque em si é muito bonito.
Lendra Hopifã
Fernanda: Cada dia é um dia, nunca é igual ao outro. Quanta coisa que eu vivi lá dentro.
Grazielle Hopifã
Grazielle: E não enjoa. A gente tá lá de quinta a domingo, toda semana. As vezes, se não dá pra ir o dia todo, pelo menos no final do dia. A gente uma vez pegou o parque com 26 mil pessoas. Você olhava Wild West, só tinha cabeça.
Uma coisa que eu acho muito bacana é que o parque fez 20 anos, mas a gente nunca perdeu o encanto pelo parque. 

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Leandra: Qual é a temporada preferida? O Natal sempre marca muito. Um que marcou muito foi o espetáculo Magia de Sonhar, em 2008. Foi um dos primeiros musicais do parque. A gente ia todo dia, sentava na mesma fileira, tinha um pouco de amizade com o pessoal do elenco. E teve um dia que marcou muito, porque quando a atriz foi entrar, o microfone falhou. Ai a gente, na plateia, começou a cantar. Ai quando voltou o microfone e o elenco voltou, estava todo mundo chorando.
Fernanda Hopifã 
A Fernanda é formada em Turismo, porque uma pessoa de lá, o Armando [Pereira), que era presidente do parque, falou pra ela que, pelo perfil dela, se daria bem nessa área.
Fernanda: Teve um dia que chegou um grupo de senhorzinhos no parque e eu tava sozinha. Daí, os guiei pelo parque, mostrando as atrações e falando sobre o parque. Eles ficaram impressionados. "Por que você não vira guia?"
Grazielle: Hoje, eu faço parte do elenco. Eu me formei em Artes Dramáticas, no Senac, porque sempre eu via o pessoal de shows do parque e achava muito legal.
Hoje, conhecendo o bastidor e trabalhando lá, eu não perdi o encanto, pelo contrário. Eu estou mais encantada ainda.
Leandra: O período de crise no parque foi muito duro. Teve uma vez, num espetáculo da Hora do Horror, que estavam na frente do palco eu, a Fernanda e a Grazi. Só nós três. A gente fica triste, mas é um processo. Hoje, você vé, o parque está lindo, incrível. É difícil, mas a gente acredita no amanhã. Igual quando teve o problema com a torre. A gente deu entrevista pra um jornal de Jundiaí e eu disse que ia falar pelas minhas filhas, do amor que elas têm pelo Hopi Hari, que é diferente de qualquer outra coisa; eu prefiro elas dentro do Hopi Hari do que em shopping.
A gente tinha uma comunidade no Orkut com mais de 140 mil pessoas. E lá a gente conheceu bastante gente, inclusive o Guto, um menino super especial. Ele era de Varginha, em Minas. Ele marcou a vida das meninas aqui dentro. Ele teve um problema de saúde - descobriu no início do ano e no final do ano, faleceu. E, no dia do velório, o Armando foi e levou uma bandeira do parque para colocar no caixão dele. E ficou com a família. E, em 2016, a família fez contato com a gente e disse que nada mais justo do que a bandeira ficar com a família dele do Hopi Hari. Ele era um menino muito apaixonado pelo parque. A vida dele era Hopi Hari.

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Fernanda: E a gente fala que ele tá sempre com a gente, porque em toda abertura de evento você olha pro céu e vê uma estrelinha lá em cima, perto do palco. Teve um ano em que a Grazi foi todos os dias da temporada da Hora do Horror.
Grazielle: Foi em 2013. A temporada teve 62 dias, eu fui em 61, porque teve a formatura da Fernanda. Eu fui, porque minha mãe brigou comigo. Fiquei emburrada.
Fernanda: Eu namorei um menino por meio do Hopi Hari, mas quando ele falou que eu tinha que escolher entre
ele e Hopi Hari, não tive dúvida: o parque, claro.
Às vezes, essa paixão pelo Hopi Hari pega todos da família de uma só vez, assim como aconteceu com Leandra e suas filhas. Há casos em que essa paixão se torna contagiante. É o caso de Paulo, que frequentava o parque ainda em construção, se apaixonou e contagiou toda sua família. Eles mesmos contam
como aconteceu.
Paulo, Adriana, Gustavo e Monique - Hopifãs

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Eu fui pela primeira vez no parque em 1998, na época da construção, porque eu ia trazer meu cunhado. Ele trabalhou na montagem da Montezum.
Paulo hopifã
Paulo: Eu ficava sentado, olhando. Daí, no parque mesmo, começamos a ir em 2007. Eu cheguei mesmo a ir quando o parque ficou perto de fechar tudo.
Quando o parque foi reaberto, a gente ia toda semana. Era difícil ter uma semana em que a gente não fosse - já cheguei a ir quatro dias na semana pra lá. Cada dia é um dia diferente.
Gustavo: Antes, minha mãe até brigava comigo, porque eu ia ao parque e queria levar todos os mapas embora. E eu me lembro que tinha também um estande do parque no shopping em Jundiaí e, quando eu passava na frente, ninguém me tirava de lá. E eu tenho uma coleção de itens do parque: vários pins comemorativos, camisetas, relógio do parque e até um jogo de tabuleiro super raro.
Na época em que o parque chegou a fechar mesmo,
eu forcei meu pai a ir só pra ver a Montezum.
Eu chorei muito.
Gustavo hopifã
Adriana: Cada dia é um dia mesmo. Por exemplo: eu gosto muito do Há-Habitáris Show, que é de comédia. E cada vez que eu assisto é muito bom, porque mesmo que seja sempre o mesmo enredo, como a plateia participa, cada pessoa que vai é diferente.
Nunca é igual.
Adriana hopifã 

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Os depoimentos das famílias Fortes e Santos foram realmente emocionantes. E, falando em família, há quem vê o Hopi Hari como um membro da família, com emoções e sentimentos, como de pessoa para pessoa. Você pode perceber esse vinculo a seguir, no depoimento da Giuliana.
Minha primeira ida a Hopi Hari foi em 2007 e, como muitas pessoas, em uma excursão escolar. Se não me falha a memória, o tema da Hora do Horror era "Os sete jogos do medo". Eu me lembro de uma cena até hoje: era à tarde, o sol se pondo, aquela época todo mundo dançava psy. Juntou todo mundo em volta da torre e ficou dançando, curtindo. E o sol se pondo. É o que eu mais me lembro daquele dia.
Nos três anos seguintes, eu continuei indo com excursão escolar. Daí, em 2010, eu tive minha filha e não consegui ir mais tanto assim. Em 2011, Hora do Horror "Epidemia", eu fui, também. Em 2012, não. Mas, em 2013, eu fui e foi aí que eu comecei a pegar gosto mesmo pelo parque.
Foi em 2013 que eu conheci os grupos de Hopi Hari, do Pedro Henrique e do Ademir. Eu entrei num desses grupos buscando uma informação e acabei ficando. Comecei a me apegar às pessoas, a ter amizade e, por fim, entendi o que é Hopi Hari de verdade. Foi aí que eu peguei um amor de få mesmo.
Giuliana Scavassini - Hopifã
No começo, eu não entendia muito bem o que estava acontecendo. Você como consumidor quer uma coisa. Mas, quando você começa a enxergar com outros olhos, de amor, respeito e carinho não só pelo parque, mas pelos funcionários, também, que viram amigos, você começa a entender melhor.
Em 2016, foi péssimo. A gente vibrava com pequenas coisas que aconteciam. Tipo: abriu o Cinétrion. Não era
uma atração disputada, mas a gente sentia uma alegria imensa em saber.
A gente ia para não ver isso acabar e tentar fazer alguma coisa. Levava amigos e tentava ficar o máximo que podia, porque estava no fim mesmo. Nesse ano, a gente ia pra lá por amor mesmo, porque tinham quatro atrações funcionando. Então eram seis, sete horas na fila da Montezum. Foi uma época muito marcante, porque não tinha o que fazer, então a gente levava carta pra jogar baralho, ficava todo mundo conversando, só pelo fato de ficar lá.
Me dá até um negócio lembrar, bem naquela época que o parque já estava funcionando à base de gerador,
porque tinham cortado a luz. A gente comprou um lanche, sentou e olhou um pra cara do outro e começou a chorar. 

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Era o fim. A gente estava desesperado. Quando saiu a notícia que o parque tinha fechado, foi como se eu tivesse morrido. Fiquei muito abalada.
A incerteza era muito ruim, também.
Poxa, um parque acolhe milhões de pessoas todos os anos, chegar até aqui e acabar assim. Era desesperador, porque o parque fazia parte da nossa vida.
Hoje, quando a gente vê o parque funcionando assim é incrível. Quando eu estou chegando perto, começo a sentir um negócio. Daí eu penso: "Mas eu conheço esse parque de cabo a rabo, já fui milhões de vezes, só que quando eu chego lá, a alegria é a mesma." E é uma satisfação enorme, porque você vê que o
esforço de todo mundo não foi em vão. É gratificante. O Evolution é minha atração favorita.
Para os próximos 20 anos, eu espero um progresso muito bonito, como ele já tem acontecido. E quero que o parque consiga mais e mais, com atrações novas, sendo o melhor parque da América Latina. Retomar este posto, que não está difícil.
Com esses depoimentos podemos ver que o parque mexe muito com o íntimo de muitas pessoas, transforma sentimentos, emoções e lembranças. Ele também muda personalidades e identidades, fazendo com que a transformação de um simples ser humano para um super-herói vire a mais pura realidade. Duvida? Leia o depoimento da Fernanda e comprove.
Eu vou ao parque desde 29 de setembro de 2002. Até mandei fazer um anel com o símbolo do parque e da Mulher Maravilha.
A história da Mulher Maravilha começou quando eu andei na Montezum em 2011. Na época, vendia uma tiara da Mulher Maravilha e eu coloquei na hora de ir. Quando começou a subir, eu estava suando um monte. Desceu de uma vez e pronto. Daí quando eu saí de lá, tirei a tiara, mas um monte de gente ficava falando: "Olha, a Mulher Maravilha foi na Montezum". Ai meu filho falou: "Mãe, olha pra sua testa". Quando eu olhei, estava a estrelinha e um brilho. Ficou uns quatro dias pra sair. 

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Eu trabalhava no Playcenter. Quando eu fui dispensada de lá que eu comecei a ir a Hopi Hari. E naquela época só tinha excursão, carona. Não tinha aquela facilidade que tem hoje. No primeiro dia que eu fui, o que mais me marcou foi a Vurang. Foi o primeiro brinquedo em que eu andei. Eu falei pro meu noivo, na época, antes de vir, que eu queria ir logo na Vurang - pra você ter uma ideia, o casamento acabou, mas o amor pelo parque continua.
O Euro Restaurandi não era como é hoje, era self- service. O primeiro prato que eu comi lá foi capeletti ao molho branco, com pudim de leite de sobremesa.
Eu vou todo final de semana. Se não vou no sábado, vou no domingo. Para estar lá às 9h30, eu saio de casa às 5h. Pego três ônibus, porque eu não tenho carro nem nada. Eu moro em Franco da Rocha.
Eu devo muito pra esse parque. Sabe por quê? Porque papai morreu dois dias antes de ele reabrir. Ele morreu dia 3 de agosto, dia 4 foi o sepultamento e dia 5 eu estava lá no parquinho. Todo mundo fechou uma roda em volta de mim e me abraçou. Fui mais acolhida lá do que na minha casa. Eu nunca vou esquecer.
É loucura? Não é loucura. É amor, é respeito. O parquinho é vivo.
Fernanda Maravilha - Hopifã
Nos dias mais difíceis do parque, eu cheguei pra pegar um armário no Guardadero e a moça falou pra mim que eu não precisava pagar, porque não tinha quem recebesse o dinheiro. Tinha ido todo mundo embora. Mato por todo lado, o Rio Bravo seco. Eu sentei embaixo da torre e comecei a chorar.
Eu vou lá e eu tenho paz. Lá dentro eu realmente sou a Mulher Maravilha. Eu saio do parque, ponho meus problemas no bolso e volto com as energias carregadas. Desde que eu conheci o Hopi Hari, não precisei tomar um remédio - eu tive depressão pós-parto quando meu filho nasceu.
Meu objetivo é que um dia meu filho traga meus netos lá e diga: "Um dia, sua avó doida se vestiu de Mulher Maravilha aqui".
O Natal Mágiko é minha temporada preferida. Eu posso assistir aos dez shows em um dia que eu choro em todos. Passam muitas coisas pela cabeça da gente. A gente vê muita coisa lá.
Essas foram apenas algumas histórias dos milhares de hopifãs que têm muito a contar sobre suas experiências vividas no Hopi Hari.

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O Hopi Hari é um lugar que, propositalmente, gosta de aguçar todos os sentidos de seus visitantes por meio de suas atrações e de seus eventos. Tanto os brinquedos como os eventos são pensados carinhosamente nas diversas características daqueles que frequentam o parque e, assim, o Hopi Hari cumpre seu dever de transformar o dia do visitante em um dia único, especial, inesquecível e marcado com lindas histórias.
E, para o delírio dos hopifãs, o Hopi Hari ainda promove eventos e encontros temáticos durante todo o ano, como: Hopi Verani, Hopinight, Férias Spetakularis, a famosa Hora do Horror, Mês dos Tikitos, em outubro, com promoções para as crianças, além de shows e festivais, como Hopi Pride Festival, o maior festival LGBTQ+ do país e o único em um parque temático, Rock'n Hari e muito mais.
Com esse ambiente cheio de alegria, há inúmeros relatos que dizem que vale a pena passar pelo Imigradero, cruzar a fronteira e ser feliz no País Mais Divertido do Mundo. 

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HOPINIGHT ATLANTIDA 
ROCK Hari 
HORA DO HORROR 
HOPI Verani 

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ARIBABIBA
Aribabiba é a capital do Hopi Hari. Está localizada às margens do grande lago e ocupa uma área de 16 mil metros quadrados. O nome da região significa, em hopês, viva a vida com alegria e, durante oito anos, foi toda tematizada com as histórias e com os personagens da Liga da Justiça, da Warner Bros.
Atrações de Aribabiba: Katapul, Vambatê, Parangolé, Billi Billi, Cinemotion, Hadikali e Jambalaia. 

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Vambatê
Tradicional carrinho de bate-bate, essa atração proporciona a sensação de estar dirigindo um automóvel - mas o que importa é poder colidir um contra o outro. Chega a uma velocidade máxima de 17 km/h. 
Katapul
Montanha-russa com looping, na qual você é impulsionado a uma velocidade de 86 km/h. E, quando você acha que passou pela parte mais radical, é surpreendido com o trem voltando de costas. A sensação é de estar sendo arremessado em uma catapulta. O trem é impulsionado por meio do acoplamento do pusher - o contrapeso de 40 mil quilos desce e impulsiona o trem em um looping de 23 metros de altura.

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Parangolé
Atração estilo "chapéu-mexicano". É composta por 48 assentos que se parecem com balanços. Durante o inicio da operação da atração, a coluna central é levantada hidraulicamente, proporcionando movimentos de inclinação e rotação.
Billi Billi
Montanha-russa de categoria infantil que tem 120 metros de percurso e chega a atingir até 15 km/h. Proporciona uma incrível experiência para as crianças, que podem se divertir com suas famílias. 

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Cinemotion
Um simulador com 28 lugares, no qual os assentos se movimentam hidraulicamente, proporcionando um incrível sincronismo entre som, luz e movimento. Também pode receber filmes, por exemplo.
Primeira atração 100% projetada e desenvolvida dentro de Hopi Hari, a Virtual Montezum, um simulador de montanha-russa, fica em cartaz no Cinemotion.
Ela vem para proporcionar àqueles que não vão na gigante de madeira, seja por motivos de saúde, medo ou altura insuficiente, a experiência de escorregar pela maior montanha-russa de madeira da América do Sul sem sair do lugar. A partir da ideia e da prova de conceito, desenvolveu-se um acelerômetro, giroscópio e magnetômetro. O aparelho, aparafusado ao chão do trem da Montezum, capta rotação, posição e aceleração do carrinho. Ao mesmo tempo, uma câmera registra em áudio e vídeo o trajeto. Posteriormente, os dados obtidos são processados e
sincronizados ao vídeo e ao movimento das plataformas que sustentam as cadeiras. Dessa forma, é possível atenuar as sensações da montanha-russa real: o cérebro do visitante faz todo o trabalho, enganando seus sentidos. 

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Jambalaia
Quer frio na barriga? Então se acomode em uma das fileiras do Jambalaia, que sobem e despencam - primeiro, no sentido horário; depois, anti-horário.
Hadikali. 
O único Skycoaster em operação no país é uma atração esportiva projetada pela Skycoaster Inc., que oferece as emoções da queda livre e asa-delta a qualquer pessoa. Ele opera colocando o participante em um traje de voo de corpo inteiro em posição horizontal e conectando de um a três voadores de cada vez aos cabos de voo. Os cabos estão ligados a uma estrutura de suporte, mantida no alto por uma torre permanente. Os voadores são puxados para o alto por um cabo de lançamento até uma altura de aproximadamente 53 metros, de onde são soltos. O voo alcança 100 km/h. 

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Assim como a essência de Aribabiba, o Hopi Hari busca encantar seus visitantes, levando a eles o lema: viva a vida com alegria. Pois bem, o pais se reergueu, passou por seus momentos difíceis e deixou para trás uma série de problemas. Com isso, o parque consegue até contribuir com certa tranquilidade para ações sociais em diversas áreas.
O Hopi Hari promove eventos para estimular a adoção de animais abandonados e doação de ração para as instituições que cuidam desses bichinhos. Além de ajudar a ONG Amalo, de Louveira, incentiva a educação com o patrocinio de material educativo e didático sobre o bem-estar animal. Além disso, nas causas sociais, ofereceu até palestra e material impresso para seus colaboradores sobre violência doméstica, um tema, infelizmente, muito atual.
Há, também, o Dia da Alegria, um dia de parque aberto para crianças carentes, e o Dia Especial, para crianças com deficiência.
O parque recebe, ainda, pedidos de instituições para realizar o sonho de crianças com câncer, por exemplo. Até mesmo os itens esquecidos no parque, que ninguém busca em 30 dias, são doados: roupas, principalmente.
Isso mostra uma preocupação em promover o bem-estar e dar acesso à educação e à informação, seja ele hópiu, hópia, cidadani ou animal.

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Coisa de super-herói 

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O País Mais Divertido do Mundo faz 20 anos
* CELEBRATION HOPTHARI
O ano de 2019, que marcou duas décadas do parque, se revelou muito especial, com uma série de investimentos pesados em eventos que pudessem dar a dimensão do significado dessa data. Afinal, não é todo dia que se chega aos 20 anos. 

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Tradicionalmente, por causa da inauguração, o mês de novembro é sempre palco do Celebration, a grande festa de aniversário do parque. Em 2019, esse momento foi ainda mais incrível: com o slogan "Hopi Hari 20 anos. Aqui, a magia nunca acaba", o Hopi Hari desenvolveu uma identidade visual especial para comemorar a data.
Tudo começou com o encerramento da Hora do Horror "Apocalipse", que levou mais de 300 mil pessoas durante a temporada a viver os medos reais, em uma cidade distópica, destruída pelo pecado e governada por Lúcifer e os quatro cavaleiros do Apocalipse.
No último dia de evento, foi também lançado o tema do Hopinight 2020, baseado no mito de "Atlântida". Muita música e mistério no fundo do mar.
Pela primeira vez em sua história, o parque realizou um festival de rock'n roll, com encontro de motociclistas e apresentações de grandes nomes do gênero. Além da música, eles ainda puderam curtir parque, caso do Roger, vocalista do Ultraje a Rigor.
Eu já tinha ido uma vez tocar, mas nos brinquedos mesmo foi a primeira vez, durante o Rock'n Hari. Eu trouxe as minhas filhas e elas curtiram muito, e eu também. Na cidade de São Paulo, a gente ficou órfão de parques de diversão sem o Playcenter, então eu recomendo visitar Hopi Hari. Pretendo voltar.
Roger Vocalista do Ultraje a Rigor 

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Mesma percepção do Adriano Silva, vocalista da banda preferida dos motociclistas: T-Ale
É muito bacana poder tocar no Hopi Hari, porque o parque fez parte da minha adolescência. Então, o que eu falo sempre, principalmente para as famílias: venham para o parque. Eu falo isso na condição de pai.
Adriano Silva Vocalista do T-Ale 

A estrutura do parque é fantástica. Para nós, é uma honra estar nesse mundo mágico, onde a gente pode escapar um pouco da realidade. E, claro, levantando a bandeira do rock.
Philippe Seabra Vocalista da Plebe Rude 

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Supla Cantor
Hopi Hari encanta aqueles que vêm pela primeira vez, caso do Supla.
Eu nunca tinha ido no parque antes - mas devia ter ido, porque eu estava vendo os caras na montanha-russa [Montezum] e achei bem louco. É uma honra para mim estar no primeiro festival, porque I love rock-n roll e acho que rock e parque diversão combinam muito.

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Como a nação de Hopi Hari é aberta a todos os povos, dois eventos do mês de novembro também chamaram a atenção:
Giranda La Fiesta
Quando a Rua di Kaminda virou palco do Dia dos Mortos, festa tradicional mexicana que celebra, ao contrário, a vida, com muita dança e diversão. 
K-Hari
Voltado ao K-pop, febre mundial da música pop sul-coreana que tem arrastado milhões de pessoas pelo mundo afora, com várias atividades para os apaixonados pela cultura da Coreia do Sul.

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ADOTAKİ 

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Além de diversão, o Hopi Hari também se preocupa com causas sociais. Caso do Adotakí, quando o Imigradero esteve cheio de doguinhos e gatinhos à espera de um lar e, felizmente, todos puderam ser adotados. O trabalho foi realizado com a ONG Associação dos Amigos dos Animais de Louveira (Amalo).
A ONG também ajuda os bichinhos que o parque mantém - o pastor belga malinois Trakitanas, os gatinhos Hopi e Kaminda, além de vários outros cachorros abandonados nas imediações do parque que acabam chegando ao País Mais Divertido do Mundo em busca de socorro.

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HOPI PRIDE 
Em novembro, ainda coube o Hopi Pride, maior festival LGBTQ+ do Brasil, que chegou à sua quarta e maior edição até 2019. Foram 17 horas de festival com mais de 15 mil pessoas reunidas no "Vale Mais 

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Colorido do Mundo", celebrando o respeito à diversidade com um line-up 100% LGBTQ+. Perguntamos às principais atrações do Hopi Pride como foi participar. Olha o que elas disseram: 

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Lia Clark Cantora
Já vim no Hopi Hari muitas vezes: em outra edição do Hopi Pride, com a escola, com amigos. Consegui até andar em dois brinquedos, a Montezum e o Vulaviking. O barco não me deu tanto medo, mas a Montezum não me lembrava que sacudia tanto. Tocar aqui me deixa muito feliz, porque eu já fiz o Hopi Pride uma vez, que era só um show meu, e voltar aqui com a minha turnê nova é muito gratificante.

Meu sonho de criança era vir em Hopi Hari e eu nunca pude, mas chegar num festival como esse para cantar está superando todas as minhas expectativas. Dá uma tremedeira? Dá, sim, porque é uma responsabilidade muito grande, porque vai muito além de cantar e dançar. É levar a mensagem da diversidade para um país como o nosso.
Aretuza Cantora 

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Matheus Carrilho Cantor 
É a primeira vez que eu estou vindo, mas desde criança eu escuto histórias de colégios que vinham, mas eu nunca tive oportunidade e hoje é muito legal estar conhecendo tudo. Eu fico feliz em poder cantar aqui, porque quando nós começamos a carreira não tinha eventos como esse, então estar em 2019 com um evento tão grande e um line-up lindo me deixa muito feliz. 

Urias Cantora 
Eu sempre quis vir quando era criança, era um sonho, mas nunca vim. Daí agora vir tocar aqui é um sentimento muito bom, é tudo. É muito bom ver essas grandes empresas abraçando a causa LGBTQ+, porque dá esperança.

Carol Conka Cantora 
Estou vindo pela primeira vez ao Hopi Hari, mas a sensação do Hopi Pride é incrível. Estou eufórica e muito satisfeita de tocar aqui: quanto mais informações a gente tiver, mais a gente dissolve o preconceito. Além de se divertir, a gente se sente livre aqui. 

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Glória Groove Cantora 
Já vim muito quando era criança e para trabalhar, também. O Hopi Pride tem uma importância gigantesca. É um festival para relembrar todas as conquistas que a gente já teve como comunidade e o que a gente ainda pode fazer, e eu tenho uma história com várias pessoas do line-up. A gente está se enxergando no Hopi Pride Festival.

Pepita Cantora 
Quando eu desci do palco, eu senti uma energia incrível, uma sensação que não tem preço. O Hopi Pride é marcante. Eu não só apoio essa causa, eu vivo debaixo desse arco-íris 24 horas, então eu fico muito feliz em poder subir nesse palco. 

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É a minha segunda vez no Hopi Hari, ainda mais com trabalhos novos, coreografias novas. Eu me sinto muito honrada de estar aqui levando a nossa bandeira ainda mais longe e espero que seja mais uma de muitas edições. Trazer a galera pra se divertir com segurança e qualidade me deixa muito feliz de poder fazer parte do line-up. 
Pabllo Vittar 

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Para marcar o encerramento do Celebration 2019, o Hopi Hari promoveu uma grande festa eletrônica, com os melhores DJs do Brasil e atrações kids de tirar o chapéu. Marcou presença, inclusive, Alok, ao lado de outros 30 grandes nomes da música em três palcos simultâneos. O público ultrapassou as 11 mil pessoas. 

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Além de poder tocar num dos maiores parques temáticos do mundo, fica gravada a relação sentimental que vários artistas têm com o Hopi Hari. No palco kids, por exemplo, a cantora Bibi Tatto disse já ter vindo outras vezes com os amigos. Confira seu depoimento:
"Mas desta vez eu vim participar das comemorações de 20 anos de Hopi Hari. É uma honra, me deixa muito feliz. Aqui é uma vibe muita boa, todo mundo merece passar um dia aqui."
E até mesmo quem já é grande tem laços com o parque. Caso da dupla Selva, composta por Pedro Lucas e Brian Cohen.
Pedro Lucas: O Hopi Hari marcou a nossa geração, tem esse lugar emocional para muita gente, porque você vem e vive coisas muito legais aqui. Juntar isso com shows é surreal. Desejo vida longa a essa iniciativa. 
Foi realmente um feliz aniversário. Dias gloriosos que marcaram a renovação de um novo ciclo cheio de felicidade e sucesso.
Brian: A Montezum é muito especial pra mim. Porque eu morria de medo de montanha-russa e quando eu vim pra matar o medo foi nela. Pra mim, foi muito positivo, a gente teve uma relação muito legal e eu a guardo no meu coração. 

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E, para encerrar o ano de 2019, nada melhor do que poder confraternizar e celebrar todas as conquistas que cada hópiu
e hópia proporcionaram ao País Mais Divertido do Mundo. Todos tiveram a oportunidade de estar juntos, reunidos com os colegas do dia a dia e compartilhando as alegrias do ano em uma grande festa de confraternização que marcou os 20 anos do Hopi Hari. Imbuídos de ânimo, os habitáris estavam prontos para o próximo ano e todos aqueles que virão, em busca de encantar os cidadanis com a magia que só se encontra aqui, no Hopi Hari.
É magia que nunca acaba mesmo! 

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Diga sim a novas aventuras e emoções
Para quem gosta de adrenalina, diversão e um dia pra lá de especial, o Hopi Hari é o lugar. Esse lugar mágico reúne as melhores lembranças da vida, sejam adultos, sejam tikitos. Hoje, passado o marco dos 20 anos, o parque segue em plena forma: encanta com suas atrações e procura trazer os melhores eventos a seus visitantes. Visitar o Hopi Hari é ter a certeza de que se viverá momentos únicos.
Se você tem esse livro em mãos, provavelmente já visitou o Hopi Hari. Se ainda não o fez, venha. Nossas fronteiras estão abertas para receber a todos, sem nenhuma distinção. Aqui, você pode ser o que você quiser.
E, mesmo que já tenha vindo, pode vir de novo. Aqui, cada dia é um dia. Diferente, sem mesmice. Venha viver o dia mais divertido do mundo. 

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DICIONÁRIO HOPÊS 
O hopês é a língua oficial do Hopi Hari. Bem, a essa altura do campeonato, você já deve estar sabendo disso. Mas de onde ele vem? Como surgiu esse idioma tão fácil e tão divertido? E, afinal de contas, por que ele é uma das línguas mais engraçadas do mundo?
Ninguém sabe. A única coisa de que se tem notícia é que antes do hopês atual existia o hopês arcaico, que era uma mistura de todas as línguas trazidas pelos primeiros habitantes do Hopi Hari. Essa língua evoluiu, evoluiu e chegou ao hopês que é falado atualmente em Hopi Hari. Tem profunda influência do português e umas pitadas de inglês, francês, italiano, espanhol, holandês e até bororo. Tem também pitadinhas de algumas outras línguas. Superfácil de falar. Hiperfácil de entender.
COMO USAR ESTE DICIONÁRIO 
1. Para você localizar facilmente um verbete, colocamos a entrada destacada em negrito. Ami - 1 Amigo. 2 Pessoa que tem prazer em prestar serviço ou assistência...
2. Nos casos em que possa haver dúvida, indicamos logo após a entrada do verbete, sua pronúncia corrente. Governi - (pron. govérni) 1 Governo, comando central...
3. Destacamos em itálico as palavras de origem estrangeira que aparecem nas explicações de verbetes.
Átímu - Pausa para um café ou, como preferem os mais ligados ao mundo fashion, coffee break.
4. Também colocamos em itálico palavras em hopês que fazem parte de explicações. Mamadero - 1 Amamentário. 2 Importante serviço encontrado em Hopi Hari. Espaço...
5. Quando você encontrar uma palavra em cinza, quer dizer que existe uma explicação especial para ela em algum lugar do dicionário. Basta procurar em ordem alfabética. Habitáris - (pron. rabitáris) 1 Diz-se do hópiu que é parte da população...
6. Alguns verbetes têm mais de uma definição e para você saber facilmente onde começa uma e termina outra, numeramos esses diferentes sentidos e destacamos em negrito. Bokita - 1 Boca, boquinha. 2 Petisquinho delicioso, lanchinho, milonguinha, uma boquinha. 3 À boca pequena, em segredo, em sigilo. 4 Boca-de-siri. [Orig. do boca a boca dos hópius.]
7. Para matar sua curiosidade, no final do verbete você encontrará a origem das palavras em hopês. Bus - (pron. bus) Ônibus, coletivo, busão, busum. [Orig. do latim omnibus, para todos.] 

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Segundo estudos - sociolinguísticos e culturais - o hopês é a língua que tem o menor número de falantes no mundo. Mas é, ao mesmo tempo, o idioma que mais vem crescendo na atualidade. Numa pesquisa feita com famílias de todo o mundo, 82% das pessoas afirmaram ter grande interesse em aprender o hopês no próximo milênio. Essa tendência mostra que, no futuro, o mundo falará hopês.
ABREVIATURAS USADAS NESTE DICIONÁRIO
ex. - exemplo;
gir. - gíria de Hopi Hari; hist. - histórias de Hopi Hari; obs.- observação; orig. - origem da palavra; pron. - pronúncia da palavra. 

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Aguero
1 Bebedouro. 2 Lugar onde se bebe água deliciosamente geladinha. 3 gír. Chuva torrencial, pé-d'água, coisa quase inexistente em Hopi Hari. [Orig. do latim aqua, através do português água + ero, sufixo hopês.]
Aki
1 Aqui, neste lugar. 2 Sufixo hopês que indica orientação. Ex.: perdeutakí, entrakí e saiakí. [Orig. sem dúvida, do português aqui.]
Akí Argola
1 Expressão que significa "aqui tem jogo de argolas". 2 Brincadeira matreira de acertar argolas coloridas em garrafas coloridas para ganhar prendas co-loridas. 3 Programa campeão de audiência de Kaminda Mundi que mostra o incrível e inusitado mundo dos jogadores de Aki Argola. [Orig. do hopês akí, aqui + argola, do português.]
Ami
1 Amigo, 2 Pessoa que tem prazer em prestar serviço ou assistência a outra pessoa. 3 Palavra usada como apelido de todos os hópius. [Orig. do francês ami, amigo.]
Arara
1 Revolta, indignação, insatisfação, incompatibilidade. 2 Ficar indignado, sentir se revoltado, ludibriado e reclamar de forma nada discreta. [Orig. da expressão popular brasileira ficar uma arara.] Obs.: embora ainda apareça neste dicionário, essa palavra caiu em desuso em Hopi Hari por não ser ouvida desde tempos imemoriais.
Aribabiba
1 Viva-a-vida-com-alegria, viva-com-bom-humor. 2 Nome da capital de Hopi Hari. 3 hist. Nome de uma antiga seita secreta de Hopi Hari que conspirava contra o mau humor mundial. [Orig. do espanhol arriba, para o alto + biba, que significa vida em hopês arkaiko.]
Aribabibaí?
É como se pergunta de maneira amiga se está tudo bem com alguém. Equivalente a dizer: "Como vai a vida? Só alegria?"
Aribobagem
1 Besteirinha divertida, bugiganguinha, coisinha deliciosamente inútil. 2 Equivalente à expressão "não faz mal" ou "não tem grilo". [Orig. fusão do hopês ariba, pra cima + bobagem, do português.]
Átimu
Pausa para um café ou, como preferem os mais ligados ao mundo fashion, coffee break. [Orig. do português átimo, instante, pequeno espaço de tempo.]
Auto
Automóvel, carro, veículo automotor. [Orig. do gringo automatic, o nome das primeiras diligências que se moviam sem cavalos.]

B
Bai
Ir. Conjugação geral do verbo bai. Ex.: Mi bai (eu vou), Bo bai (você vai). [Orig. desconhecida.]
Banheiro
Banheiro, sanitário, w.c. Disponível nas versões masculina, feminina e infantil. [Orig. do portunhol.]
Basketi
Bola ao cesto, basquete de Hopi Hari, que fica em Aribabiba. [Orig. do inglês basketball.]
Bazuka
1 Inofensiva arma feita especialmente para derrubar latinhas, somente latinhas, nada mais que latinhas. 2 Passatempo gostoso de Kaminda Mundi, que consiste em empunhar uma dessas armas, carregá-la com bolas de meia e mandar bala nas latas. [Orig. da gíria brasileira brazuca, que quer dizer "relativo ao Brasil".]
Billi-Billi
1 Montanha de Aribabiba que era habitada por búfalos selvagens. 2 Montanha-russa de Aribabiba que homenageia a montanha dos búfalos. [Orig. do americano chamado Billy, o cara que vivia na tal da montanha.]
Bo
Você: pronome pessoal de tratamento. É um jeito muito próximo e carinhoso dos hópius chamarem uns aos outros e vice-versa. [Orig. redução do português caboclo: caboclo > cabo > bo.]
Bokita
1 Boca, boquinha. 2 Petisquinho delicioso, lanchinho, milonguinha, uma boquinha. 3 À boca pequena, em segredo, em sigilo. 4 Boca-de-siri. [Orig. do boca a boca dos hópius.]
Bon Akaso
1 Boa sorte. Os hópius são muito supersticiosos e têm o costume de desejar boa sorte a todos os que entram no país. Dizem até que cumprimentar um hópiu e mexer no lóbulo da orelha dele ao mesmo tempo dá muita sorte. 2 O que se diz aos noivos antes de se casarem para desejar-lhes uma vida boa. [Orig. do hopês arkaiko buna-kasum, aquele que tem sorte no amor e sorte no jogo.]
Bon Bini
1 Bem-vindo. 2 Calorosa saudação de boas-vindas. 3 Ao pé da letra, essa expressão quer dizer o seguinte: "é um prazer inenarrável compartilhar toda nossa alegria com tão maravilhosa pessoa". [Orig. provavelmente esta expressão vem do papiamento, língua das Antilhas Holandesas.]
Bon Lua
1 Boa-noite. 2 É o que os apresentadores de TV de Hopi Hari dizem ao terminar o Jornal Oto, no Hopi Channel. [Orig. da observação da belíssima lua de Hopi Hari.]
Bon Raia Di Sol
1 Bom dia. 2 É o que os habitáris sempre desejam a todos os cidadanis porque sabem que em Hopi Hari sempre se tem um ótimo dia. [Orig. do hopês bon, bom raia di sol, do hopês arkaiko luz do sol. Sol que, aliás, aparece em Hopi Hari mais de 300 dias por ano.]
Bon Tardi
1 Boa tarde. 2 Sinônimo de uma tarde qualquer em Hopi Hari, onde as manhãs, tardes e noites são sempre boas. [Orig, da observação das aprazíveis tardes em Hopi Hari.]
Bugabalum
1 Balões aloprados esvoaçantes. 2 Nome para um tipo de carrossel que tem balões coloridos no lugar dos cavalos e se mexe de um jeito bem maluco. Existe um exemplar desses em Hopi Hari na região de Infantasia. [Orig. do seilaoquês buga, aloprado + balloon, balão em inglês.]
Bus
(pron. bus) ônibus, coletivo, busão, busum. [Orig. do latim omnibus, para todos.] 

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Chabum
1 Som ou barulho de crianças fazendo a maior bagunça na água. 2 Folguedos aquáticos divertidíssimos. 3 Nome do playground aquático de Hopi Hari, onde água, gargalhadas e diversão estão sempre presentes. [Orig. Do próprio som da água.]
Chamamentu
1 Nome. 2 Usado como verbo chamar na pergunta Komo ki bo chamamentu?, que significa "Como você se chama?". 3 Fogueira, lugar com muitas chamas. [Orig. do inglês shaman, através do gringo chaman, que é o nome de um curandeiro índio que chama os espíritos do bem e do mal.]
Cidadanis
(pron. cida dânis) 1 Diz-se do hópiu que se identifica com a cultura hopesa e é portador de passaporti emitido por Karimbabiba e devidamente carimbado. 2 Visita que é de casa. [Orig. do português cidadanias, provavelmente porque a maior parte dos cidadanis venha do Brasil.]
Cinétrion
1 Cinema de alta tecnologia e beleza impressionante onde passam filmes em terceira dimensão. 2 Cine 3D. 3 Aquilo que salta aos olhos por ser fantástico ou inebriante. 4 Nome do Cine 3D de Hopi Hari que fica na região de Kaminda Mundi. 5 gír. Uma coisa de cinema, um show. [Orig. do grego cinema, movimento + tri + on, do inglês, que está ligado.]
Cliki
1 Fotografia. 2 Boas lembranças, memórias de momentos maravilhosos. 3 Instante em que se flagra uma situação qual-quer. 4 gír. Piscadela para paquerar alguém. [Orig. do barulhinho que a máquina fotográfica faz quando a gente tira uma foto.]
Clipi
1 Abraço. 2 Abraçar. 3 gír. Clipi-Clipi Abraço apertado [Orig. do material de escritório clipe, que abraça papéis] Obs.: Essa palavra jamais vem precedida de numeral.
Crazy Wagon
(pron. kreizi ueigon) 1 Caravana desvairada. 2 Ao pé da letra: "apertem os cintos, o cocheiro sumiu". 3 hist. Diligência muito veloz que os primeiros habitantes do Wild West usavam, às vezes para escapar do índios, às vezes para correr atrás deles. 4 Nome de uma antiga diligência que ainda dá seus giros lá por Wild West. [Orig. do gringo crazy wagon, diligência maluca.] 

Danki
(pron. dânki) 1 Obrigado 2 O que os hópius dizem a toda hora para seus visitantes, esbanjando educação exemplar, uma das mais marcantes características da cultura de Hopi Hari. [Orig. do alemão danke, obrigado.]
Dankito
Diminutivo de danki. [Orig. do hopês danki + chikito ou chikanito, do gringo.]
Desembark
Desembarque. O oposto de embark. [Orig. provavelmente do português.]
Di
1 De, a preposição de e suas flexões da, do, das e dos. 2 De algum lugar. Ex.: Theatro di Kaminda = Teatro de Kaminda. [Orig. do italiano di, que significa "de". Ex.: Pepino di Capri.]
Dispenk
1 Queda livre. 2 Tombo de uma altura incomensurável. 3 Arrepio na espinha, Frio na barriga, calafrio. 4 gír. O que caiu do céu. 5 Tombado pelo património histórico. 6 Ao pé da letra significa "como se de repente o chão tivesse sumido". [Orig. do seilaoquês deszppenikyws, que significa "bananeira que perdeu todas as pencas", "bananeira despencada".]
Dispenkid
1 Diminutivo de dispenk. 2 Sinônimo de dispenkito. 3 Atração de Wild West
muito parecida com La Tour Eiffel de Kaminda Mundi, só que em tamanho
menor. [Orig. do hopês dispenk + kid, do gringo.]
Dispenkito
1 Diminutivo de dispenk. 2 Sinônimo de dispenkid. 3 Atração de Infantasia muito
parecida com La Tour Eiffel de Kaminda Mundi, só que em tamanho menor.
[Orig. do hopês dispenk + chikito ou chikanito, do gringo.]
Doloris
Conta de restaurante. [Orig. do nome próprio Dolores, dona e tesoureira de um famoso restaurante que ficava nas proximidades de Hopi Hari.]

Ebíki
1 Diz-se de tudo que é fácil, seja fácil de fazer, fácil de conseguir, fácil de realizar, fácil de entender, fácil de encontrar. 2 Maneira como os habitáris respondem a todas as perguntas, porque para eles tudo é muito fácil. [Orig. controversa, tanto pode ser do francês c'est bec, como do português é bico, embora alguns afirmem que a origem pode ser o nome de uma caneta muito fácil de encontrar.]
Eiskrim
Sorvetes com sabores os mais desejáveis. [Orig. variante do gringo ice-cream, usada pelos hópius e hópias que não habitam o Wild West.]
Ekatomb
1 Tumba giratória. 2 Enorme tumba encontrada na cripta do sítio arqueológico de Hopi Hari, região atualmente chamada de Mistieri. 3 hist. Lenda das civilizações que habitaram Mistieri em tempos longinquos e que contava a história de "uma catacumba destruída durante um terremoto (Lenda di Ekatomb). [Orig. do hopes arkaiko hekaitomb, que foi tombado pelo terremoto.]
Elektron
1 Conjunto de diversões eletrônicas de Aribabiba. 2 Local onde jovens e jovens adultos ficam horas desafiando as máquinas. [Orig. do hopês arkaiko elektro, eletrônica + on, ligado, em inglês.]
Embark
Embarque. O oposto de desembark. [Orig. do português.]
Enfermeria
1 Enfermaria. 2 Lugar onde enfermeiros e enfermeiras prestam primeiros socorros. [Orig. Do latim infermu + eria, lugar em hopês.]
Enkontradero
1 Ponto de encontro, point. 2 Lugar previamente reservado para que as pessoas que marcam um encontro efetivamente se encontrem. [Orig. do latim incontrare + ero, sufixo hopês.]
Entrakí
1 Entrada. 2 Convite irresistível para entrar. [Orig. junção de entra com aqui, do português, possivelmente gerada pelo desejo de entrar logo em Hopi Hari.] 

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Esk
(pron, éski) 1 Esquerdo, esquerda. 2 Lado que se opõe ao direito. 3 Sentido de direção, normalmente acompanhado de seta. [Orig. abreviação do hopês arkaiko eskerdzo.]
Essakí
(pron. essaki) 1 Esse, essa, esses, essas, este, esta, estes, estas. 2 Essa coisinha; um jeitinho carinhoso de se referir a objetos que se deseja comprar. [Orig. do nome próprio hebraico Isaac.]
Euro Kafé
Fica na saída do Euro Restaurandi. É lá que se toma café depois de comer ou quando der vontade.
Euro Restaurandi
O restaurante internacional de Kaminda Mundi. Tem um serviço prático para que as pessoas se alimentem bem sem per preciosos minutos.
Evolution
(pron. ivoluchan) 1 Evolução de uma escola de samba na passarela ou evolução de um Hopi Show nas ruas de Hopi Hari. 2 Série de movimentos que o cowboy faz para laçar animais. 3 Atração turística de Hopi Hari que parece uma enorme nave espacial e gira como um laço de cowboy. [Orig. do inglês evolution, evolução.] 

Faladero
1 Telefone. 2 Serviço de telefonia de Hopi Hari. Faz ligações para São Paulo, para o Brasil e para o mundo. 3 Orelhão, grambel.
Futibola
1 Futebol, ludopédio. 2 Jogo que simula uma cobrança de pênalti. [Orig. do inglês football.]

Ghosti
Alma penada, fantasma, espectro, assombração. [Orig. do inglês ghost, fantasma, através do gringo ghosti.]
Ghosti Hotel
1 Hotel mal-assombrado. 2 Grande hotel de Wild West onde coisas muito sinistras acontecem todos os dias e todas as noites. [Orig. do hopês ghosti + hotel, do gringo-português.]
Giralata
1 Uma porção de latas girando de forma estonteante. 2 gír. Estado prazeroso de tonteira. 3 Pessoa que gosta de virar mais de uma lata de refrigerante por vez quando está com sede. [Orig. do italiano, girare, girar + lata, do português.]
Giranda Mundi
Roda-gigante muito, muito gigante. Fica em Kaminda Mundi. As pessoas vão tendo uma visão cada vez mais superior e, quando chegam ao ponto mais alto, têm uma vista completa de Hopi Hari. [Orig. expressão do hopês que significa "é como dar uma volta no mundo".]
Giranda Pokotó
Carrossel com cavalinhos. [Orig. expressão do hopês que significa "cavalinhos de madeira subindo e descendo enquanto o carrossel gira".]
Governi
(pron. govérni) 1 Governo, comando central, regência, administração. 2 Entreposto oficial da diversão em Hopi Hari. 3 Instituição que representa a vontade soberana dos habitáris: viver a vida com alegria sempre. [Orig. talvez do português governo, quem sabe do inglês government, ou ainda do papiamento gobiernu. Não surpreenderia se fosse do espanhol gobierno ou até mesmo do seilaoquês gowernikyws.]
Grin
1 Grama, gramado, relva. 2 Áreas de verde uniforme que os paisagistas reservam para realçar o colorido dos canteiros de flores. 3 Espaços nos quais os habitáris jamais põem os pés e os cidadanis são convidados a também não pôr. [Orig. Do inglês green, no sentido de "o lugar onde se joga golfe".]
Gringo
1 Língua falada em Wild West. 2 hist. Inglês rudimentar trazido pelos pioneiros de Wild West e que vem sendo constantemente influenciado pelo hopês.
Grupos
1 Grupos ou excursões. 2 Atendimento rápido e diferenciado para grupos e excursões. [Orig. provavelmente do português grupo.]
Guardadero
1 Guarda-volumes. 2 Lugar seguro usado para guardar pertences. 3 Nome dos armários para guardar o que não vai ser usado durante o passeio em Hopi Hari. [Orig. do germânico wardôn, buscar com a vista + ero, sufixo hopês.]

Habitáris
(pron. rabitáris) 1 Diz-se do hópiu que é parte da população permanente de Hopi Hari. 2 Aquele que vive e trabalha para manter as tradições mais sagradas do país: promover a alegria, a diversão e a aventura para todos. [Orig. do latim habitantis, aqueles que habitam.]
Hangá
(pron. rangá) 1 Comer muitíssimo bem. 2 Almoçar, tomar um lanche ou jantar deliciosamente. 3 Fazer uma senhora refeição em uma das lanchonetes da rede Hopi Hango, a maior de Hopi Hari. [Orig. do português abrasileirado "rangar".]
Hari
(pron. rári) 1 Alegria contagiante. 2 Risada, gargalhada. 3 Sensação de diversão inexplicável. [Orig. controversa. Alguns lin-guistas garantem que vem do gringo happi, outros afirmam que é puro hopês arkaiko e um terceiro grupo diz que vem de uma palavra, do papiamento.]
Hatari
(pron. ratári) 1 Perigo. 2 Situação que exige prudência ou sagacidade. 3 Momento, bom ou mau, que faz a adrenalina subir. [Orig. do swahili hatari, perigo.]
Helpi
(pron. rélpi) 1 Ajuda. 2 Pode significar também solidariedade, o que os hópius têm até demais. 3 gir. Uma mãozinha. [Orig. do inglês help, ajuda.]
Hepi
(pron. répi) 1 Festa. 2 Festança. 3 Folia, brincadeira, folguedo. 4 Transcendência, catarse. 5 Encontro de pessoas, tanto previamente planejado, com convite e tudo, como espontâneo, ocasional. [Orig. do inglês happy, através do gringo happi, feliz.]

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Hopês
(pron. ropês) Idioma oficial de Hopi Hari. Evolução do hopês arkaiko. É considerada a língua mais dinâmica e alegre do mundo, porque foi criada pelo povo mais alegre do mundo.
Hopês arkaiko
(pron. ropês arkaiko) 1 Hopês arcaico. 2 Idioma confuso e babélico falado em Hopi Hari quando da chegada dos seus primeiros habitantes. Arcaico, nesse caso, não quer dizer que esse idioma seja antigo. Quer dizer apenas que ele precedeu o hopês atual, uma língua que se desenvolveu muito rápido e que está cada vez mais alegre e divertida. (Orig. é a própria origem.]
Hopi
(pron. rópi) 1 Muito. 2 O máximo. 3 O melhor de sua categoria. 4 Maneira carinhosa pela qual os habitáris tratam seu país. 5 Prefixo que significa "aquilo que é de Hopi Hari". Ex.: Hopi Bus, Hopi Shopi, Hopi-poca, etc. [Orig. controversa. Alguns lin-guistas garantem que vem do gringo happi, outros afirmam que é puro hopês arkaiko e um terceiro grupo diz ainda que vem de uma palavra do papiamento.]
Hopi Plaka
(pron. rôpi) 1 Moeda oficial de Hopi Hari. 2 Dinheiro, moeda corrente. 3 gír. Veículo de propina, jabaculê.
Hópia
(pron. rópia) Feminino de hópiu.
Hopi Bardei
(pwn. rópi bardei) Feliz aniversário. [Orig. do inglês happy birthday, feliz aniversário.]
Hopi Bus
(pron. rópi bus) Ônibus de Hopi Hari que leva os viajantes do estacionamento até a entrada do país e também os traz de volta. [Orig. do hopês hopi + bus, coletivo, do gringo.]
Hopi Hango
(pron. rópi rango) 1 Variação do gringo rango, palavra usada para se referir à comida que agrada tanto às papilas gustativas quanto às pupilas gustativas. 2 Maior rede de lanchonetes de Hopi Hari. 3 Fartura, muita comida gostosa. Ex.: mi ké hopi hango, que significa "eu estou com uma tremenda fome". [Orig. do papiamento hopi, muito + hango, variação do verbo gringo rang.]
Hopi Lero
(pron. rópi léro) 1 Conversa, papo ou diálogo descompromissado em hopês. 2 Diz-se dos assuntos engraçados que surgem em conversas entre amigos. [Orig. do hopês hopi + lero lero, do português.]
Hópiu
(pron. rópiu) Todo aquele que é parte da população de Hopi Hari, seja permanente ou flutuante. Quando da população permanente, é chamado de habitáris. Se é da população flutuante, é conhecido como cidadanis. [Orig. patronímio de Hopi Hari.]
Hoti
(pron. róti) 1 Quente. 2 Fervendo, em ponto de ebulição. 3 gír. Se um lugar está hoti, quer dizer que está superanimado e cheio de gente, tombando. 4 gir. Se uma mulher é hoti, ela é muito bonita, tipo de parar o trânsito. [Orig. do inglês hot, quente.]
Hummm
(pron. ummm) Adjetivo para dizer que uma comida é boa. [Orig. do som que a gente faz quando vê um rango muuuuiiiiito gostoso.] Obs.: a variação Hopi Hummm amplia o significado da expressão, querendo dizer "muito gostoso", "saboroso demais". 

I
la
1 Sim. 2 Qualquer resposta afirmativa. 3 O que o noivo hópiu diz para a noiva hópia, e vice-versa, na hora do casamento e em muitas outras horas. [Orig. do alemão ja, sim.]
Indikamentu
1 Central de informações.
2 Local em Hopi Hari onde as pessoas podem obter
qualquer tipo de informação sobre o país. 3 Ajuda, auxílio. [Orig. do português indicar + caminda, do papiamento, que significa estrada ou caminho.]
Infantasia
1 Reino da fantasia. 2 hist. Região de Hopi Hari que é o paraíso das crianças. Foi lá que os hopiuzinhos e as hopiazinhas sempre brincaram. Infantasia virou um lugar tão agradável que cada vez mais e mais gente aparecia lá para brincar.

Jogakí
1 Espaço de jogos. 2 Lugar onde os cidadanis vão para testar suas habilidades, pontaria e ter a chance de ganhar vários prêmios. [Orig. do português joga, jogar +akí, aqui em hopês.]
Jambalaia
1 Atração turística de Aribabiba que tem dois grandes vagões que jogam de um lado para o outro até darem uma volta completa. O vento gerado pelos movimentos é superforte. 2 Dar a volta por cima. 3 Despirocado, enlouquecido. 4 gir. Desperucado, que perdeu a peruca, de quem a peruca saiu voando com o vento. [Orig. do inglês jambalaya, uma comida típica do sul dos Estados Unidos.]

K
Kafé
1 Café. 2 Cafezinho. 3 Café preto. 4 Lugar muito agradável para tomar um cafezinho, beber um refrigerante, comer um pão de queijo, dar uma descansadinha e jogar um pouco de conversa fora. Ex.: Euro Kafé. 5 Nome que designa também restaurantes ou lanchonetes em Hopi Hari. Ex.: Aríbabiba Kafé. [Orig. do português café.]
Kaminda
1 Caminho, estrada, rua, avenida. 2 Esplanada. [Orig. do papiamento caminda.] Kaminda Mundi
1Caminho do mundo. 2 Região do país que homenageia as nações formadoras de Hopi Hari e sua língua. Sempre foi uma região belíssima e agora está ainda mais, porque sua arquitetura foi restaurada e hoje em dia tem o mesmo visual de quando os primeiros habitantes chegaram a Hopi Hari.
Kaminda Mundi
1Caminho do mundo. 2 Região do país que homenageia as nações formadoras de Hopi Hari e sua língua. Sempre foi uma região belíssima e agora está ainda mais, porque sua arquitetura foi restaurada e hoje em dia tem o mesmo visual de quando os primeiros habitantes chegaram a Hopi Hari.
Kanja
1 Sopa de galinha e arroz. 2 Esporte olímpico de Aribabiba conhecido vulgarmente como arremesso, a distância, de galinha na panela. 3 gír. Jogada mole, facilima, uma barbada. 4 gir. Vitória facilitada por conchavo ou panelinha. [Qrig. do português da padaria ao lado de Hopi Hari, inventor do esporte Kanja e cozinheiro excelente.] 

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1 Cartório. 2 Qualquer lugar onde se carimbe qualquer coisa, Ex.: carimbar
passaportis. [Orig. do quimbun-do kirimbu, marca, talvez através do português
carimbo.]
Kasa Di Plaka
1 Banco, casa da moeda, instituição bancária, instituição financeira. 2 Lugar onde se guarda o dinheiro e logo depois ele vira cartões, talões, extratos e números numa tela de computador. 3 gír. Diz se de quem tem muito dinheiro guardado no colchão.
Kastel Di Lendas
1Atração turística de Infantasia. 2 hist. Uma homenagem do povo de Hopi Hari às lendas, mistérios e folclore do Brasil. O tipo de experiência que você só acredita vendo e, mesmo depois de ter visto, ainda duvida dos seus próprios olhos. [Orig. hopês arkaiko, referindo-se aos primeiros contatos dos hópius com a cultura brasileira.]
Katakumb
(pron. catacumbe) 1 Tumba, catacumba. 2 Grande templo egípcio encontrado
em Mistieri, com vários corredores e salas onde é possível encontrar relíquias, faraós e até múmias, também é possível conhecer a história do Egito antigo visitando o local. Sua entrada lembra o Ramesseum, templo mortuário de Ramisses ll [Orig. do Latim catacumba.]
Katapul
1 Catapulta. 2 Arranque, tranco, torque violento.3 Atração turística de Aribabiba para quem nasceu sem medo de alturas e gosta de velocidades exorbitantes. É um loop vai-e-vem ou vem-e-vai. 4 gír. O ato de puxar a toalha da mesa tão rápido que os copos, pratos e talheres ficam parados no mesmo lugar. [Orig. do seilaoquês katapulgaskyws, atirador de pedras no meio do caminho.]
Ké Querer. Conjugação geral do verbo ké. Ex.: Mi ké (eu quero), Bo ké (você quer). [Orig. desconhecida.]
Ki 1 Que. 2 Q.l., quociente de inteligência. 3 gír. Q.1., quem indica, pistolão, indicação de pessoa influente que ajuda a conseguir um cargo importante. [Orig. do hopês arkaiko kiw, que tem função parecida com a da palavra que.]
Klapi
1 Palmas, aplausos. [Orig. da descrição do barulho das palmas nos gibis.] Obs.: existe a variação Klapi-Klapi. Usado nessa forma, ou seja, repetidamente, o termo significa "algo espetacular", "digno de muitas palmas".
Klapi-Klapi Show
1 Espetácuio espetacular. [Orig. do hopês klapi + show, do inglês.]
Komboio
1 Comboio. 2 Atração turística de Infantasia na qual mini-caminhões fazem volta por um percurso seguindo uns aos outros bem de pertinho. 3 gír. Estar encurralado ou sendo seguido sem dó por um ou mais trucks na estrada. [Orig. do português comboio.] 
Kuanto
Quanto, que número, que quantidade. [Orig. do latim, quantu, quanto.]
Kusta
Custar. Conjugação geral do verbo kusta. [Orig. desconhecida.] 

Lalá
Ela: pronome pessoal de tratamento. O feminino de lelé. [Orig. do hopês lelé.]
La Mina Del Joe Sacramento
Um dos mais espantosos espaços paravisitar no Wild West. Joe Sacramento, um dos habitantes mais perversos da História de Hopi Hari, extraiu muito, muito ouro de sua mina, sumiu e deixou arapucas e ciladas para quem ousasse entrar nela. Para visitar La Mina é preciso ter coragem. Pero no mucha!
La Tour Eiffel
(pron. latur eifel) Nome de uma gigantesca torre de Hopi Hari que vive despencando com seus visitantes. Ela fica na região de Kaminda Mundi. [Orig. do francês.]
Lelé
10 masculino de lalá. 2 gír. Pessoa amalucada. [Orig. do hopês lalá.]
Lua
1 A Lua mesmo, satélite natural da Terra. 2 Noite bela e enluarada. 3 Noite. [Orig. do nome de uma sonda espacial russa, Lunik.]
Luki
1 Uma olhadinha. 2 Uma olhadela. 3 gír. Uma bisbilhotada. 4 gír. Uma bisbilhotadela. [Orig. do hopês arkaiko olook, olho.]

Mamadero 1 Amamentário. 2 Importante serviço encontrado em Hopi Hari. Espaço reservado para mães amamentarem seus bebês ou aquecerem mamadeiras e papinhas em fornos de microondas. [Orig. do italiano marrana + de + ero, do hopês.]
Mi
1 Eu: pronome pessoal de tratamento. 2 Maneira abreviada de dizer amigo. [Orig. redução do português amigo: amigo > ami > mi.]
Miro
Ver. Conjugação geral do verbo miro. [Orig. desconhecida.]
Mis
1 Nós: pronome pessoal de tratamento. 2. A gente. 3. Título que a mulher mais linda de Hopi Hari recebe uma vez por ano. [Orig. do estranho plural do
hopês mi, eu.]
Mistieri
(pron. mistiéri) 1 Era dos mistérios. 2 hist. Região de Hopi Hari que surgiu quando um de seus presidentes resolveu construir uma nova capital na fronteira sudoeste. O pessoal estava cavando o terreno quando descobriu vestígios de antigas civili-zações. Era um rico sítio arqueológico. Graças à altíssima tecnologia disponível hoje em dia, é possível reviver, em Mistiéri, espaços e emoções de uma grande viagem no tempo. É um grande passo atrás. [Orig. de um dialeto italiano desconhecido.]
Montezum
1 Montanha-russa de dimensões faraónicas que fica em Mistiéri, ao lado das pirâmides. Uma das cinco maiores motanhas-russas de madeira do mundo. 2 Forma simplificada da expressão Montezu-nemberg, que significa "sentir um iceberg congelando a barriga", ou seja, sentir um friozão na barriga. 3 hist. Esqueleto de uma espécie de velociraptor, um dos mais velozes dinossauros que viveram em Hopi Hari. [Orig. do espanhol Montezuma, antigo rei asteca.] 

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Moturi
(pron. motúri) 1 Maravilhoso. 2 Palavra usada para descrever um momento de extrema felicidade. [Orig. do bororo moturi, maravilhoso.] Obs.: bororo: língua falada pelos índios bororos do Brasil.
Muzik
1 Música. 2 gír. Música para os ouvidos. 3 Toada típica de Hopi Hari. É hiperanimada, mas só ouvindo para entender. [Orig. do germânico musik, música.]

Na
No, na, nos, nas. [Orig. do italiano nona, por separatismo.]
Nadikê
De nada. [Orig. do hopês arkaiko dina dikê, resposta que os antigos hópius davam a quem dizia obrigado, ou seja, de nada.]
Nalata
1 Modalidade esportiva rural de Kaminda Mundi, na qual o participante deve acertar a bola em enormes latas de leite. 2 O mesmo que "na mosca", "em cheio", "na mira". [Orig. desconhecida. Provavelmente uma variação do próprio hopês namira.]
Namira
1 Expressão usada para festejar quando alguém acerta alguma coisa na mosca. [Orig. do hopês namuskita, em cheio, na mosca.]
Namuskita
1 Tiro ao alvo. 2 Tiro-ao-Álvaro. 3 hist. Local onde os primeiros habitantes do velho oeste praticavam tiro para depois acertar outros alvos. Hoje em dia é uma atração do Wild West na qual mocinhos e mocinhas praticam sua pontaria, não necessariamente com o objetivo de acertar outros alvos. [Orig. incerta; provável influência do espanhol.]
Nanina
1 Não. 2 Enunciação de recusa. 3 gír. Diz-se dos raros, aliás raríssimos - havia um, mas ninguém sabe onde foi parar -pessimistas de Hopi Hari. [Orig. existem duas hipóteses: a primeira, ninguém lembra e a segunda, todo mundo esqueceu.]
Napa
1 Nariz. 2 Cheirar, sentir o perfume, ter o dom de perceber odores. 3 Como adjetivo, significa "isso cheira bem", "isso tem cheiro de novo" ou "ah, que cheiro gostoso". Sempre tem conotação positiva. [Orig. três hipóteses, duas que disputam vir ou do arábico ou do hebraico e uma terceira, a mais aceita atualmente, de ser uma gíria do português do Brasil incorporada ao hopês.]

Oferendamentu
1 Presente. 2 Mimo, agrado. 3 Oferenda aos deuses. [Orig. do latim oferenda, através do português oferenda.]
Oiê
1 Ol. 2 Saudação, cumprimento. [Orig. do português antigo: "Olá, como está você aí, hein?", por reducionismo.]

Palaz Di Governi
(pron. Palaz di governi) Palácio presidencial de Hopi Hari, situado na capital, Aribabiba. É lá que todas as cerimônias oficiais acontecem. A bandeira de Hopi Hari é hasteada toda manhã na praça em frente. [Orig. do latim, através de sucessivas transformações.]
Palpitimentu
Grupo de conselheiros que ajuda a governar Hopi Hari. O Palpitimentu é eleito pelo sufrágio universal direto e secreto de todos os habitáris. [Orig. do hopês arkaiko, palpitimientis, nome de uma arena onde qualquer um dos habitáris, inde-pendente de idade, sexo, cor, raça ou religião, podia dar sua opinião sobre o governo de Hopi Hari.]
Paradero
1 Estacionamento. 2 Espaço reservado para o estacionamento de veículos.
Parangolé
1Atração de Áribabiba da família dos chapéus-mexicanos. 2 Espaço redondo. com cadeiras suspensas, que giram em torno do próprio eixo. 3 Conjunto dos ruídos, gritos e exclamações provocados por excesso de adrenalina. 4. Qualquer objeto, normalmente de pano, que esvoace ao girar. [Orig. corruptela de Paregórico, um antigo elixir brasileiro + olé, provavelmente por influência espanhola.]
Parkid
1 Playground. Entre as crianças de Hopi Hari, parkid quer dizer também
feriado, dia para passar brincando, dia gostosinho. [Orig. Do hopês par, feito
especialmente para + kid, criança, do inglês.]
Patavina
1 Nada, coisa nenhuma, zero, zero à esquerda, dois zeros à esquerda. Uso chinfrim do termo. 2 Oco, sem nada dentro, ou como dizem, oco por dentro. 3 gír. Azeitona sem caroço. 4 gír Expressão usada para demonstrar ignorância completa sobre algum assunto. 5 gír. Memória comprometida, amnésia. [Orig. do hopes arkaiko patavin, antiga engenhoca para tirar caroço de azeitona.] Pé
1 Pé. 2 Pisar com firmeza. [Orig. do latim pede: pede > péd > pé.]
Perdeutakí
1 Achados e Perdidos, no português do Brasil. 2 Perdidos e Achados, no português de Portugal. 3 Cabine à qual os visitantes de Hopi Hari devem se dirigir caso tenham perdido alguma coisa. 4 Cabine à qual os visitantes de Hopi Hari devem se dirigir caso tenham encontrado alguma coisa perdida. [Orig. do português perdeu + tá + akí, do hopês.] Obs.: a cabine dos itens 3 e 4 é a mesma.
Place De La Glace
(pron. Place de la Glace, e não Pleice de la Gleice ou Placê de la Glacê) Sorveteria onde a pessoa se serve da combinação que quiser de todos os sorvetes. Há uma em Kaminda Mundi. [Orig. do francês. Esse francesismo chegou a Hopi Hari junto com os sorvetes.]
Plaka
1 Dinheiro. 2 Moeda corrente. 3 gír. Diz-se de alguém que tem muito de alguma coisa, sempre em sentido positivo. Ex.: muito dinheiro, muita saúde ou muita sorte. 4 hist. Ter plaka é o mesmo que ter status. Há tempos, muitos aristocratas de Hopi Hari costumavam escrever o nome de suas famílias em placas de ouro para mostrar sua riqueza. [Orig. do hopês arkaiko plakar, que queria dizer "contagem de pontos" em jogos de Hopi Hari. Com o tempo, o que era contagem apenas de pontos virou contagem de dinheiro.]
Plakero
1 Caixa de loja e restaurante. 2 Pessoa que trabalha no caixa. 3 Cofre. 4 Bolso
da calça, da camisa ou do paletó. 5 Qualquer lugar seguro onde se possa
guardar dinheiro. Ex.: meia, sapato, sutiã, colchão, etc. Não confundir com Kasa di Plaka, que quer dizer "banco". 6 Lugar imaginário onde se diz que o seguro morreu de velho. [Orig. do hopês plaka, dinheiro + ero, sufixo hopês.]
Plis
1 Por favor. 2 Palavrinha mágica que faz as pessoas ficarem mais gentis. [Orig. do francês plus plus, mais mais.] 

98 
Raia Di Sol
1 Dia. 2 Maneira abreviada de dizer bom-dia em Hopi Hari. 3 Luz. 4 Esclarecimento. 5 gír. Velocidade absurdamente rápida. [Orig. do hopês arkaiko luz do sol.]
Rango Django
1 Fast-food. 2 hist. Um dos estabelecimentos comerciais mais antigos de Wild West. O primeiro proprietário se chamava Django. A casa vem passando de pai para filho há gerações. [Orig. do verbo rang, comer, do gringo.]
Renta
Serviço de aluguel. [Orig. do inglês rent].
Renta Karrin
Serviço de aluguel de cadeiras de rodas e carrinhos de bebê. [Orig. do inglês
rent-a-car+ sufixo diminutivo in.].
Restaurandi
1 Restaurante. 2 Lugar onde se come com prato, garfo e faca. [Orig. do francês restauram, lugar onde se restauram as forças.]
Rio Bravo
1 Rio bravo. 2 Nome do rio extremamente caudaloso que contorna parte de Wild West. 3 Nome que nativos e visitantes dão ao estonteante exercício de percorrer o rio em botes. [Orig. talvez batizado por algum pioneiro vindo da fronteira com o México.]

Saiakí
1 Saída. 2 Oposto de entraki. [Orig. controversa, provavelmente do português
"saia aqui", por reducionismo.]
Saloon
(pron. salum) 1 Bar-restaurante onde se come bem, se bebe bem e se assiste a shows de dança. 2 Saloon típico do velho oeste americano que fica em Wild West. Reúne num só lugar restaurante e casa de espetáculos, onde acontecem desvairantes shows de cancan. [Orig. do hebraico shalom, paz, através do gringo shaloon, salão da paz; lugar onde as pessoas se encontravam para comemoração e confraternização. Isso não quer dizer que de vez em quando não rolavam uns duelos entre os brutos da região dentro do saloon.].
Seilaokê
Desconhecer. [Orig. do seila-oquês seilaokyws]
Seilaoquês
Língua de tradição oral que influenciou o hopês. Pouco se sabe desse idioma, uma vez que não existem registros escritos.
Shopi
(pron. shópi) Loja, empório, lugar que vende lembranças e lembrancinhas em Hopi Hari. [Orig. do inglês shop, através do gringo.]
Silig!
Palavra de ordem que acompanha alguma advertência, por exemplo: "Silig! hopi hatari". Que quer dizer: "Atenção, muito perigo". Atenção: por ser uma palavra que quer chamar a atenção, silig! é grafada sempre com ponto de exclamação. [Orig. do seilaoquês siligkyws, atenção.]
Simulákron
1 Cinema simulador da realidade. 2 Cinema no qual o espectador é levado a acompanhar os movimentos que acontecem na tela. 3 Cinema altamente tecnológico, no qual a projeção e as poltronas são controladas e sincronizadas por computador. 4 Hopi Hari tem um, dentro de uma pirâmide de Mistieri. [Orig. de latim simulacru + sufixo inglês on, ligado.]
Snack
(pron. isnéki) 1 Comidinha rápida para saciar o apetite entre as refeições. Diferentemente do que se pensa, os snacks podem ser doces ou salgados. 2 Comidinha prática, que se pode comer até andando. 3 Grande variedade de balas, bombons, caramelos e salgadinhos para matar uma fominha de quem visita o Hopi Hari. [Orig. do inglês snack, através do gringo snack.]

Ta 
Ser, estar, permanecer e ficar. Conjugação geral do verbo tá. [Orig. do papiamento ta, ser.]
Taka Troco
1 Ato esperançoso de jogar moedas numa fonte dos desejos. 2 Jogo de sorte no qual o participante atira suas moedas e tenta equilibrá-las numa plataforma de vidro. Não exige prática, tampouco habilidade. Basta cruzar os dedos das mãos, dos pés e ter ainda no bolso uma figa, um pé-de-coelho, um ramo de arruda, um cavalo-marinho empalhado e uma nota rara de dois dólares. 3 gír. Chuva de dindin. [Orig. Do português que foi para Portugal, perdeu o lugar e atirou sua última moeda numa fonte dos desejos esperando recuperar seu lugar de volta.]
Tchauí
1 Adeus, até mais ver. 2 Palavra de despedida. [Orig. do italiano ciao.]
Teuróra
1 Até amanhā. 2 Ao pé da letra, essa expressão quer dizer: 'Terei imenso prazer em vê-lo de novo na aurora de amanhã". [Orig. não se sabe ao certo.]
Theatro Di Kaminda
1Teatro Municipal de Kaminda. 2 O maior teatro de Hopi Hari. Com o que há de mais avançado em tecnologia, o Theatro di Kaminda pode receber todo tipo de companhia de teatro, de bale, trupes circenses, etc. Todo o público tem uma visão excelente do palco.
Tiketeria
1 Bilheteria. 2 Cabines localizadas na entrada de Hopi Hari onde são comprados os tíquetes para visitação ao país. 3 gír. Uma porção de tiques nervosos acontecendo ao mesmo tempo numa pessoa só. [Orig. do inglês ticket + queria,
do português.]
Tiki-taki
1 Hora, horas. 2 Tempo. [Orig. do barulhinho que o relógio faz enquanto o tempo passa.]
Toró
1 Toro, chuva fortíssima que dura pouco e molha muito. 2 Banho repentino, inesperado e muito refrescante causado pelo estouro de uma bexiguinha d' água que acontece toda hora numa das atrações de Aribabiba. 3 gír. Molhado, ensopado. [Orig. do inglês to rain, chover.]
Troka Plaka
1 Casa de câmbio. 2 Local onde você troca seus reais por plakas ou vice-versa. [Orig. do hopês arkaiko troka, feira de escambo + plaka, do hopês.] 

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Trokadero
1 Fraldário. 2 Bancadas anatômicas para o conforto de mães ou pais que desejem trocar seus filhos. 3 Servico disponível em todos os banheiros de Hopi Hari. [Orig. do hopês arkaiko troka + ero, sufixo hopês.]
Tumae
(pron. tumäe) 1 A natureza. 2 O meio ambiente: as plantas, os animais e recursos naturais. 3 Tudo que deve ser preservado e, em Hopi Hari, é. [Orig. do português tua mãe-natureza, por reducionismo.]
Tum-tum
1 Coração. 2 Bumbo. 3 É como os hópius chamam o samba. [Orig. do barulhinho de bumbo que o coração faz.]

Uaau uaau
(Pron. uau uau) 1 Diversão. 2 Divertido. 3 Aquilo que é tão absurdamente impressionante que te deixa de boca aberta. [Orig. da expressão uau, ou talvez de um cachorro brincalhão, não sabemos ao certo.]
Unda
Onde. Usado tanto para perguntas como para respostas. [Orig. acredita-se que venha do alemão und, que não quer dizer onde, nem tem relação alguma com
essa palavra.] 

Vambatê
1 Conjunto de carros conversíveis e elétricos que dispõem de direção muito macia, porém incerta e não sabida. 2 Convite que as pessoas costumam fazer quando chegam perto dessa atração de Hopi Hari. 3 Expressão do desejo de ir e vir de encontro ao outro, de forma violenta, porém segura. 4 Lugar cultuado por barbeiros, por acreditarem que foi construído sobre uma antiga barbearia. [Orig. alguns filólogos dizem que vem do português vamos bater, enquanto outros garantem que vem do sobrenome holandês Van Batten, suposto designer dos carrinhos. A pendenga ainda não foi resolvida.]
Vam vam
1 Vem comigo. 2 Convite para que a pessoa acompanhe a outra. [Orig. controversa. A Akademika Hopi Hari di Letera i Numieri recusa inclementemente a hipótese de vir do gringo van van van, comboio de peruas, caminhonetes.]
Varanda Mundi
1 Avarandado de Kaminda Mundi. 2 Área reservada para relaxamento e contemplação tomando um delicioso café. 3 Espaço quase semicircular atrás da Giranda Mundi, com mesas e cadeiras ao ar livre. 4 Local elevado de onde se tem a mais completa visão do lago e do bosque de Hopi Hari. [Orig. desconhecida.]
Vendinovu
1 Volte sempre. 2 Ao pé da letra, essa expressão quer dizer: "volte mesmo e volte logo, já estou até com saudades". [Orig. os estudos conclusivos sobre a origem desse nome ainda não estão prontos, mas em breve estarão.]
Vulaviking
1 Barco viking voador. 2 Enorme barcaça que fica em Mistieri. Um vestígio das invasões bárbaras que aconteceram naquela região misteriosa. Seus movimentos são inspirados nas investidas e recuadas dos invasores. 3 Título do livro em que surgiu a teoria de que a região de Mistieri já foi um oceano em outras épocas. [Orig. do papiamento bullado, peixe voador + viking, do nórdico.]
Vurang
1 O lado escuro da pirâmide. 2 Montanha-russa de Mistieri, que fica dentro de uma pirâmide. Toda a viagem é feita no escuro e nunca se sabe o que vai acontecer no próximo instante. 3 gír. O mesmo que bumerangue-do-medo, porque seu pânico vai e volta, vai e volta, vai e volta.. [Orig. incerta. Provalmente do som de um bumerangue voando.]

W
Wild West
(pron. uaild uest) 1 Faroeste. 2 Região onde o gringo é falado. 3 hist. Um tempo atrás, os hópius descobriram ouro no rio que passa dentro de Hopi Hari, o Rio Bravo. O mundo inteiro ficou sabendo. Aí, um pessoal do velho oeste americano partiu atrás do ouro. Atravessaram a mata que fica atrás do Rio Bravo e se instalaram lá. Esse povo nunca assimilou por inteiro a cultura de Hopi Hari, e o governo não conseguiu, nem por decreto, fazer com que o povo de Wild West mudasse sua língua, ou mesmo abandonasse estranhos costumes: ter xerife, duelar, escavar minas, frequentar saloon, etc.

Z
Zikivira
1 gír. Mania que as crianças têm de ficar tontas de tanto girar. 2 gír. "Dar uma guinada de 360 graus." [Orig. do seilaoquês zikakyws, rodopio, pião.] 

100
HINO DI HOPI HARI
Bom dia, viva um dia feliz 
Sorria, sorria, bom dia alegria, do nosso país
Que país é esse?
Simpática nação, será que existe ou é imaginação?
Estamos em Hopi Hari, aqui Hopi Hari tem muita diversão
Hopi Hari tem esplendor da natureza 
Hopi Hari vem que tem
Que é que tem aí? Aventura
Que mais que tem aí? Brincadeira
Aventura, brincadeira, tem que se divertir
Frio na barriga, arrepio, tem espanto de montão
A velocidade da emoção, bate forte coração
Vamos cantar nosso Hopi hipi Hopi Hari?
Simpático, didático, solícito, assaz, caloroso, jamais sorumbático
Veloz, solidário, expedido, zeloso
Sou prestativo e prestimoso, sou patriótico, venha daí 
Estou orgulhoso de estar aqui!
Nosso território é alto astral 
E temos nossa capital
E Aribabiba o que quer dizer? Quem é capaz de responder?
Aribabiba é o nosso jeito de viver 
Com muito riso, muita alegria, gargalhada pra valer
Hopi Hari, Hopi Hari, Ho
Nós somos fiéis soldados da alegria, do bom humor
As forças são desarmadas e carregadas com muito amor
A nossa bandeira é linda, o nosso hino de arrasar
Bom bini a Hopi Hari, a aventura vai começar 
Pronto, vai começar, já
Uni-Duni-Te, Hopi-Colorê, tudo aqui foi feito pra você
Hopi Hopi hoo, Hari Hari haa 
Agora tá na hora de brincar
Hopi Hopi hoo, Hari Hari haa 
Você vai adorar e vai voltar
Bon bini 
Hopi Hari Hopi, Hari Hopi Hari 
Ho 
Hopi Hari ! 

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Agradecimento 
Sei que o sucesso de uma corporação é o reflexo da determinação e amor que cada membro da equipe coloca em seu oficio.
Quero agradecer a cada hábitari pela paciência, esforço e dedicação que colocam diariamente no trabalho.
Habitaris, vocês são a prova de que o sucesso se alcança com determinação, trabalho duro e espírito de equipe. Reconheço que cada um de vocês, contribui para a evolução do parque e para que este, continue sendo o país mais divertido do mundo.
Seguimos lutando junto nos momentos difíceis, onde nos apoiamos uns aos outros e certamente, comemorando as vitórias que sabemos que estão por vir.
Para a melhor equipe, meus sinceros agradecimentos.
Alexandre Rodriques Presidente do Hopi Hari 

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